domingo, 15 de maio de 2011

Dividir para conquistar



Uma premissa do império romano que foi muito útil durante a vigência do áureo período em que Roma era o mundo, hoje com a globalização, tanto os Césares quanto Bonaparte ou até mesmo Adolf, teriam sérias dificuldades em empreender a cruzada Alexandrina.


No Pará não tem sido diferente. Dois políticos eleitos por estados não paraenses entraram com um pedido um tanto inusitado na Câmara Federal: Dividir o Pará. Um desejo bem escuso de outros politicos paraenses que com certeza não quiseram se indispor com o eleitorado para não sairem como separatistas iniciais, mas depois do voto aprovando o tal plebiscito, agora podem posar de separatistas.


Lembro-me que o Território Federal do Amapá, onde morei por alguns anos, foi transfomado em Estado na constituição de 88, mas isso não o fez resplandecer em desenvolvimento e ainda o faz ser extremamente dependente do governo federal e muito pouco desenvolvido devido a essa comodidade de receber mesada.


Os separatistas tocantinos, terras por onde andei quando Siqueira Campos estava no primeiro mandato. Quando desmembrado de Goiás, apresenta graves problemas sócio-econômicos segundo o Senso do IBGE/2010.


Seria um grande fardo econômico e muito pesado para o país sustentar mais duas novas máquinas administrativas apenas para suprir desejos egoistas de políticos que não tem vez na região como um todo em seus sonhos de glória.


Ao invés disso, o povo precisa de mais investimentos na educação, saúde, transportes, habitação, segurança e saneamento básico, coisa que dificilmente acontecerá quando Pará for fracionado em partes nanicas que sonham com os royalties do minério que um dia assim como no Amapá, acabou, deixando um rastro dizimado de pobreza e uma cratera em Serra do Navio providencialmente deixada pelo sonho de se sustentar com minério em exploração primária.


Devemos sim melhorar a qualidade dos nossos políticos e não aumentar sua quantidade, afinal, sabe-se lá que se na assembléia legislativa atual dois deputados afanaram um milhão por mês, imagina em três estados onde a gatunagem seria rateada?



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