terça-feira, 17 de maio de 2011

O vento e a folha


Agora falta muito pouco para partir de novo, mais uma vez deixo para trás meus louros, meu orgulho, minha fé vã, meu quarto de hotel e vou correr atrás de sonhos como as folhas ao sabor do vento.
Sem pouso, sem rumo, sem destino, sem saber o que encontrar, como chegar ou a quer recorrer ou procurar nas necessidades mais prementes quando o sonho se mesclar em pesadelos, queira Deus que não se chegue a isso.
Agora vou, vou ao sabor das correntes e ao balanço do mar, chego já, chego lá, não sei se volto...
Deus me guie.

Imbranato Imperator


Acho que esta é a última crônica para fechar o ciclo de tantas, afinal tenho que editar o livro.
Ela conicide como sempre, com alguma mudança profunda nas coisas da vida, mas acho que no fundo de tudo, as mudanças são boas, dependendo do tipo de mudança pode-se mudar para melhor ou para pior, isso vai depender do desenrolar da situação.
Por exemplo, o diretor gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn resolveu tirar uma casquinha de uma camareira de um hotel em Nova Yorque e deu no que deu: Mudança negativa. Antônio Palocci Teve um crescimento bem exorbitante de seu patrimônio, bens que ultrapassam a receita dele como deputado na época, mas o Planalto não acha que isso seja estranho. Mudança positiva.
Eu por ora agrego por mais uma vez todos os meus franciscanos pertences, rumo a um destino insabido e incerto, contando apenas com a capacidade que tenho em sobreviver a todos os percalços, que nem as baratas pós holocáusticas. Carregando uma culpa eterna, vou novamente tentar reconstruir os cacos passados, tentar reerguer a cabeça e viver com dignidade.
Depois de enterrar tanta gente boa, que não viveu o suficiente para ter aproveitado a vida do jeito que se deve, resolvi de vez acabar com esta sina.
Quero ser o cara normal, com uma vida normal, sem perfumarias nem pessoas me olhando de soslaio com o ódio fendido sobre todas as coisas que minha pessoa levanta a respeito da ira, inveja e ganância.
Não quero ser igual a Dominique Strauss-Kahn, que dentro de seu porsche de um milhão, não conseguiu vencer os instintos primitivos e portar-se igual a um chipanzé enlouquecido e com isso perder tudo o que o dinheiro não pode comprar, como a sua candidatura a presidencia da França.
Pondero que mereço uma vida simples, sem grandes palcos, sem grandes shows, no fim de tudo acho que tenho uma grande semelhança com Aisin Gioro Pu Yi, o último imperador da China, que após uma vida inteira de luxo, opulência e ostentação de um poder fictício dentro dos muros da cidade proibida, enfim se descobriu um mero personagem de um grande conto de fadas, já esmagado pela República Comunista.
Com isso, me despeço desta primeira epopéia, assim como Pu Yi, desço do alto e vou a vida, de imperador a cidadão, de dragão a borboleta.

domingo, 15 de maio de 2011

Dividir para conquistar



Uma premissa do império romano que foi muito útil durante a vigência do áureo período em que Roma era o mundo, hoje com a globalização, tanto os Césares quanto Bonaparte ou até mesmo Adolf, teriam sérias dificuldades em empreender a cruzada Alexandrina.


No Pará não tem sido diferente. Dois políticos eleitos por estados não paraenses entraram com um pedido um tanto inusitado na Câmara Federal: Dividir o Pará. Um desejo bem escuso de outros politicos paraenses que com certeza não quiseram se indispor com o eleitorado para não sairem como separatistas iniciais, mas depois do voto aprovando o tal plebiscito, agora podem posar de separatistas.


Lembro-me que o Território Federal do Amapá, onde morei por alguns anos, foi transfomado em Estado na constituição de 88, mas isso não o fez resplandecer em desenvolvimento e ainda o faz ser extremamente dependente do governo federal e muito pouco desenvolvido devido a essa comodidade de receber mesada.


Os separatistas tocantinos, terras por onde andei quando Siqueira Campos estava no primeiro mandato. Quando desmembrado de Goiás, apresenta graves problemas sócio-econômicos segundo o Senso do IBGE/2010.


Seria um grande fardo econômico e muito pesado para o país sustentar mais duas novas máquinas administrativas apenas para suprir desejos egoistas de políticos que não tem vez na região como um todo em seus sonhos de glória.


Ao invés disso, o povo precisa de mais investimentos na educação, saúde, transportes, habitação, segurança e saneamento básico, coisa que dificilmente acontecerá quando Pará for fracionado em partes nanicas que sonham com os royalties do minério que um dia assim como no Amapá, acabou, deixando um rastro dizimado de pobreza e uma cratera em Serra do Navio providencialmente deixada pelo sonho de se sustentar com minério em exploração primária.


Devemos sim melhorar a qualidade dos nossos políticos e não aumentar sua quantidade, afinal, sabe-se lá que se na assembléia legislativa atual dois deputados afanaram um milhão por mês, imagina em três estados onde a gatunagem seria rateada?



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