Ele é um ícone marcante, até Carmem Miranda não seria a mesma sem os seus volumosos turbantes na cabeça. Mas muito mais que um simples pedaço de pano, o turbante, tem uma história riquíssima! Além dos povos do oriente, ele também faz parte da cultura africana, brasileira e vira e mexe aparece nos desfiles de moda.
Este
vestuário secular na África tem muitos atributos, já que o turbante faz parte
da indumentária por muitos motivos, para completar o conjunto. É utilizado por
homens e mulheres e na África negra, os chamados turbantes Gelê têm funções
sociais e religiosas.
Existe
também o turbante Ojá que pode ser usado enrolado na cabeça, enrolado na
cintura das mulheres ou sustentando crianças nas costas das mães e que nas
religiões africanas além de turbante, rodeando o busto e terminando num laço,
como na roupa de alguns Orixás.
Também
é amarrado com um grande laço ao redor dos atabaques em cerimônias importantes,
atado ao tronco de uma árvore sagrada e sua cor varia conforme o Orixá.
O
turbante Ojá ou torço chegou ao Brasil, dada a influencia africana, muito forte
em nosso país. Aqui se trata de uma manta que se enrola na cabeça e que compõe
o traje das baianas, uma das principais figuras típicas daquela região.
Mulheres batalhadoras que regularizaram a sua profissão.
Além
disso, assim como na África ele também tem função religiosa, sendo utilizado no
candomblé, umbanda, xangô do nordeste com as mesmas finalidades, variando o
número de abas de acordo com o Orixá e o decanato sacerdotal, pois representa
senioridade e respeito e serve de proteção para os filhos de santo,
principalmente para as mulheres.
Seu
uso é sinônimo de grande respeito entre os sacerdotes e sacerdotisas das
religiões afro-brasileiras, pois um grande caminho deve ser trilhado dentro da
religião para se ter o direito de usá-lo em conjunto com os demais itens da
indumentária.
É
de se perguntar: Porque depois de tanto tempo um turbante foi desenrolado e
desaparecido para lugar incerto e não sabido?