sexta-feira, 22 de julho de 2011

Avança!


Sempre que passo a caminho do trabalho na frente da Universidade Federal do Amapá, lembro-me que ali dentro se forma a massa que vai nos substituir no futuro não tão distante, mas também não tão próximo.

Minha grande preocupação momentânea não é a de ser substituído, mas sim de que a qualidade de quem estamos falando quando essa substituição ocorrer, afinal duas coisas não podem, nem devem ser desprezadas; uma delas é a capacidade de resolver problemas diversos, o que advém da experiência de vida e a outra senão mais importante, que volta e meia se atreve a invadir nossas vidas é a boa e velha resiliência.

Nossos jovens têm a grande capacidade de nos surpreender após certo tempo. Tive muitas oportunidades de vê-los crescer, acho que até mais os acompanhei do que a minha prole em si. E entendo perfeitamente que todo o aprendizado que temos ao longo da vida às vezes se mostra de maneira incipiente para avaliar as mudanças comportamentais que um dia passamos quando também fomos jovens.

Agora fico mais tranqüilo, pois sei que com a grande capacidade do espaço amostral que avaliei ao longo de quase uma década de crescimento populacional jovem que agora alcança a maturidade adulta e ingressa no mercado de trabalho as coisas tendem a melhorar e quem sabe nossos erros decanos e anciãos não se redimam ante a capacidade desses jovens de se recuperarem com surpreendente resiliência advinda da maturidade e da personalidade formada.

Meus alunos com certeza devem achar esse artigo um tanto psique demais para um comentário produtivo sobre a capacidade de crescer e se tornar cidadão, nada romano nem espartano, mas enfim, acredito que as coisas que aprendi, no tempo que aprendi e com quem aprendi nesses tempos romanos e espartanos aos quais banhei minhas pia matter e dura matter em águas de conhecimento Socrateano e draconiano, sofrem enfim a metamorfose do tão batido terceiro milênio.

Por ora sou forçado a declinar, fazer uma reverência e me curvar ante a surpresa de não ser mais o único ser pensante do meu circulo de existência meso-intelectual. Mesmo que com a metade da minha idade e existência, arredo um pouquinho para o lado e recebo no meu pedaço do Panteão, os jovens que agora amadurecem e que tem a veemente capacidade de me surpreender nas horas mais inusitadas.

Sejam bem vindos...

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