quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Educar sem investir


Nós sabemos que o desenvolvimento social, econômico e a liberdade de um país dependem da educação de seu povo. Os exemplos estão aí para confirmar a verdade. Os países que estão investindo maciçamente em educação têm seus resultados evidentes.

A UNESCO, no ranking do desenvolvimento educacional de países, coloca o Brasil na lanterna. Conseguimos ser piores que os países mais pobres como: Equador, Paraguai e Bolívia. Uma vergonha!

Reconhecidamente, a educação mais importante é a de base, logo a seguir a fundamental e a média. Exatamente os níveis que ficam a cargo de prefeituras e os governos estaduais. Apenas o ensino superior fica sob responsabilidade do governo federal.

Na verdade o maior erro e o responsável pelos baixos resultados na educação, embora se tente mascarar com propagandas floridas e fogos exaltando o draconiano processo educacional regido pelo MEC. É o Pacto Federativo Brasileiro. Vejam que, no conjunto da arrecadação nacional de impostos, mais de 70% ficam para o governo federal.

Assim em 2012, que foi arrecadado 1,5 trilhões de reais, menos de 30% foram distribuídos para estados e municípios, que tem o maior contingente de alunos. Esta má distribuição do Pacto Federativo, que concentra nas mãos do governo federal a maior parte dos recursos, tem consequências nitidamente estabelecidas, assunto que os governantes evitam a todo custo abordar.

Primeiro, faltam, nos estados e municípios, recursos para estabelecer uma educação de qualidade que traga resultados reais e contribua para o desenvolvimento do país. Além disso, faltam recursos para a saúde, segurança, infraestrutura urbana, saneamento e transporte de massa. Segmentos de responsabilidade dos estados e municípios.

Para piorar a situação, os estados se encontram endividados junto à União. Uma dívida que, apesar dos pagamentos, cresce a cada dia, devido aos altos juros que são incompatíveis com as economias dos tesouros estaduais.

Esta dívida compromete os investimentos dos estados para as melhorias necessárias junto à população. Por outro lado a arrecadação bate recordes cada ano, sobra dinheiro para o executivo federal. Assim os estados se tornam reféns e pedintes permanentes á porta do Planalto a estender o pires.

A situação é tão crítica que praticamente transformamos nosso sistema presidencialista em uma verdadeira monarquia absolutista, onde nas mãos do “rei” é concentrado o poder de doar ou não aos feudos a parte que lhe cabe do tesouro.

Os partidos correm para a base do governo, se ajoelham submissos e bajuladores, para ter acesso a cargos além de verbas orçamentárias e outras benesses, dentro da lei do “é dando que se recebe”, o que estimula a corrupção.

Com dinheiro sobrando o executivo federal se dá ao luxo de criar 39 ministérios, manter 23 mil cargos de confiança e aumentar de forma desproporcional o numero de servidores públicos onde o inchaço já e grande.

Dá-se ao luxo de empreender obras eleitoreiras com conchavos duvidosos, como; a transposição do rio São Francisco, a construção do porto de Mariel em Cuba, o perdão da dívida de vários países enquanto que ninguém perdoa a nossa dívida. Assim como a doação do patrimônio da Petrobrás para a Bolívia. Financiamentos de estradas, hidroelétricas e aeroportos na Colômbia, Peru e Angola. Trem bala e muitas outras estripulias.

Por enquanto este é o quadro dos investimentos brasileiros em um país que tenta crescer, mas que se esquece de que primeiro tem-se que investir em ações que realmente sejam efetivas. Por elas, que se começe com a educação de seu próprio povo.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Barata e Helio Tem companhia!


O ex-governador do estado do Pará, Almir Gabriel, 80 anos, morreu no início da manhã desta terça-feira (19), em um hospital particular de Belém. Ele estava internado em estado grave. A informação foi confirmada pelo Governo do Estado. O corpo de Almir será velado em Belém e enterrado na cidade de Castanhal, um pedido do ex-governador.

Os dois mandatos de Almir Gabriel à frente do governo do Pará foram marcados por investimentos em infraestrutura, como o Tramoeste, o novo Estádio Olímpico, a Macrodrenagem, a Alça Viária, o porto de Vila do Conde, entre outros.

O turismo também teve destaque em suas gestões. Sob seu governo, foram reformados o Forte do Castelo de Belém, a Casa das Onze Janelas, a Catedral da Sé, a Igreja de Santo Alexandre e o Mangal das Garças. Como governador, transformou o então presídio São José num polo joalheiro, enviando os presos para penitenciárias do interior. Parte do antigo porto de Belém foi transformada na Estação das Docas.

Seu governo também foi marcado por um dos episódios de violência mais emblemáticos da recente história paraense. Uma ação policial culminou na morte de 19 trabalhadores ligados ao Movimento dos Sem Terra (MST), no que ficou conhecido internacionalmente como o Massacre de Eldorado dos Carajás. Pelo menos dez sem-terra foram executados e outros três morreram em consequência das sequelas.

Em 2008, quando residia no interior paulista, Almir Gabriel foi internado na UTI do Instituto do Coração (Incor), em São Paulo (SP). À época, o problema foi relacionado ao excesso de cigarros e à vida sedentária de Gabriel. Em setembro de 2012, o político foi novamente internado na UTI, agora em um hospital particular de Belém.

Nascido na capital paraense em 18 de agosto de 1932, Almir José de Oliveira Gabriel formou-se em medicina pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Foi diretor do hospital Barros Barreto e também atuou na Divisão Nacional de Pneumologia Sanitária do Ministério da Saúde.

Integrante do PDS, que absorveu o Arena após a reforma partidária da década de 1970, Almir Gabriel foi Secretário de Saúde e depois Secretário de Segurança no segundo governo de Alacid Nunes (1979-1983).

Em 1982, integrou-se ao PMDB e apoiou Jader Barbalho, que à época disputava com Oziel Carneiro, do PDS, as eleições para o governo do estado.
Eleito governador do estado, Jader Barbalho nomeou Almir Gabriel prefeito de Belém, cargo que exerceu de 1983 a 1986.

Almir Gabriel foi, então, personagem de destaque na coligação PMDB-PDS, que em 1986 venceu as eleições com Hélio Gueiros para o governo do Pará.

Já senador, Almir Gabriel atuou como relator da ordem social na Assembleia Nacional Constituinte que elaborou a Constituição Brasileira de 1988.

Em 1988, Almir deixou o PMDB para fundar o PSDB ao lado de Mário Covas e Fernando Henrique Cardoso.

O político paraense foi escolhido candidato a vice-presidente de Mário Covas nas eleições presidenciais de 1989, e em 1990 foi o terceiro colocado na disputa pelo governo do Pará, em um pleito no qual Jader Barbalho derrotou Sahid Xerfan, do PTB, em segundo turno.

Em 1994 foi eleito governador do Pará ao derrotar Jarbas Passarinho no segundo turno, sendo reeleito em 1998 após vencer Jader Barbalho. Em 2002, elegeu Simão Jatene como seu sucessor.

Após quatro anos afastado da vida pública, voltou à cena política como candidato ao governo do Pará nas eleições de 2006, tendo Valéria Pires Franco como candidata a vice-governadora pela coligação "União pelo Pará". Almir teve 44% dos votos na primeira etapa do pleito, mas perdeu a disputa no segundo turno para a candidata do PT, Ana Júlia Carepa.

Após crises internas com o partido que ajudou a fundar, Almir sai do PDSB em dezembro de 2009. Em 2010, ele apoiou a reeleição da candidata Ana Julia (PT), ao governo do estado. Mas, apesar do apoio do ex-governador, Ana Julia foi derrotada por Simão Jatene no pleito. Em setembro de 2011, Almir Gabriel se filiou ao PTB, partido do então prefeito de Belém, Duciomar Costa.

Almir Gabriel chegou a declarar seu projeto para disputar a prefeitura de Belém no pleito de 2012, e seu nome foi cogitado pelo PTB como sucessor de Costa, que governou a capital paraense por dois mandatos consecutivos.

No entanto, Anivaldo Vale, vice-prefeito de Duciomar, acabou sendo escolhido para a disputa, e teve o apoio político de Almir, mas acabou derrotado ainda no primeiro turno.

Então, Magalhães Barata e Helio gueiros terão muita conversa para botar em dia com a chegada de Almir no Panteão.

Resquiesat in pace

Cortesia da Globo.com e O Liberal pelo texto.
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