sexta-feira, 19 de abril de 2013

A síndrome do tiro no pé




2013 não é um ano eleitoral, mas antecede a um e apesar de a maioria da população não dar conta das articulações que antecedem o pleito. A maioria dos analistas e formadores de opinião já tem uma teoria quase formada sobre os prováveis elegíveis em 2014.

Especulam a torto e a direito que senadores e ex-senadores tem pretensões de sentar-se na cadeira do executivo estadual. Assim como governador e ex-governadores de disputar uma cadeira na sala de veludo azul. Ou até mesmo de uma salada mista de pretensões de quem vai disputar o que. Algo incerto para os outros, mas decidido para os egos dos candidatos.

Apesar deste vasto cobertor de retalhos da política local ainda estar em ampla costura, os quadros são previsíveis, afinal, como reza a lei da ficha limpa: se não for sujo que se candidate! Então até lá tudo pode.

Mas o que tem intrigado a muitos e tirado o sono de alguns líderes de  facções  e agremiações politicas que fazem coro com a base do governo, é essa mania insistente de tomar medidas antipáticas ou até mesmo levianas para quem até o momento sustenta a bandeira de candidato natural, como é o caso do atual governador.

Perplexos a cada dia. Estas cabeças preocupadas com o portador da coroa, vêem a cada momento a tênue linha que sustenta parentes, aderentes, alhos e bugalhos, se enfraquecer diante da cólera atiçada de cada segmento da sociedade que é capaz de dar ou não o passe livre nas urnas para um pretenso candidato.

São secretários de estado tomando medidas suicidas, quando se atacam profissionais de saúde; nega-se database, piso e dialogo aos da educação; despejam servidores do caixa escolar sem lenço e sem documento. Enfim uma massa que embora dispersa, pode-se tornar uma turba perigosa para quem planeja uma segunda chance.

Em uma analise menos romântica, podemos até comparar estas ações insanas com a letra daquela musica: "Who let the dogs out?" Ou quem deixou os cachorros saírem. Pois pelo que se vê, a alcateia se soltou e cada um tem feito suas necessidades nos postes que lhes convém, sem ao menos se preocupar com o amanhã.

Haja vista que a população de um modo em geral já aprendeu a fazer uso da palavra e da ação de negar oportunidade a quem lhe esqueceu pelo tempo em que não precisou de um voto. Exemplos vivos de que a famosa "máquina" já não decide eleição como antigamente. São os do ultimo pleito para prefeito, onde o titular da capital cedeu lugar a terceira via, que suplantou o candidato da maquina municipal e a da estadual. E na eleição suplementar, que por mais esforços de obras eleitoreiras milagrosas se fizessem em prol do candidato do governo, o povo disse não.

Desta feita a equipe técnica do atual governador (se é que ele a tem!) se apega a velhos costumes e praticas draconianas para se auto iludirem quanto as chances de se prorrogar a estadia do chefe sem se dar conta que o cano da arma está diretamente apontado para o pé e já disparou tantas vezes que temo que até lá não haja mais pés para descerem as pontes para pedir votos.
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