segunda-feira, 11 de novembro de 2013

O carvalho e a couve

Durante esta semana, pudemos observar um comportamento, por que não dizer absurdo por parte de quem deveria pela natureza do cargo dar pelo menos o exemplo de que no trabalho do coletivo na gestão pública é o bem comum para a sociedade e deve prevalecer aos ideais egoístas.

Na ocasião da estada do senador José Sarney em Macapá para realizar seu recadastramento biométrico e na passagem atender aos correligionários em suas demandas, algo que todo senador deveria fazer, ao invés de macaquear em frente a holofotes ou tentar empurrar pseudo-literatura aos incautos, viu-se mesmo que a máquina da propaganda especialista em deturpar fatos, inventar ações inexistentes e depreciar a imagem dos adversários mais uma vez operou a queimar milhares de reais da propaganda que se diz institucional com o único objetivo de tentar reverter um quadro de falência institucional generalizada.

Durante o final de semana, secretários de pastas importantes, diretores institucionais, assessores de cardeais palacianos e até mesmo a imprensa de pulp fiction se dedicaram exclusivamente a bombardear o senador amapaense, mas em nenhum momento se aproveitaram dos vastos canais disponíveis bancados à expensa dos tributos do cidadão amapaense para mostrar algo de concreto realizado por seus próprios senadores, deputados e até mesmo de seu governador.

Nada foi alardeado sobre as mudanças mais significativas pelas quais o estado passou nestes quase três anos de “mudança”, fruto de processos paulatinos, oriundos de uma série de ações fantasiosas desenvolvidas com objetivos pré-estabelecidos que primassem o bem estar do amapaense, que lhe suprisse de seus direitos básicos estabelecidos na Carta Magna do país.

Também não utilizaram este espaço glorioso na fartura midiática mostrando contrapontos consistentes de um mundo novo prometido em campanha eleitoral de onde nesta Canaã amazônica jorraria leite e mel sob o cajado do homem que disse se exilar na floresta para fugir da repressão.

Mas neste mundo, idealizado de onde a transparência e a liberdade de expressão seriam a menina dos olhos alardeada aos quatro ventos e do qual a maioria dos amapaenses ainda não descobriu onde fica, é de lá que ressoavam as vozes que ao mesmo tempo em que criticam as ações do senador Sarney tão pouco puderam sustentar o estandarte de que a esmirrada tentativa de trazer a banda larga com seus backbones que tanto se pavoneavam a primeira dama e seu valete mais fiel que se assenta no trono de promoter oficial, nas redes sociais a época para se equiparar com impacto no crescimento no Amapá trazido via linhão com energia elétrica para um Estado que antes era uma ilha isolada do resto do Brasil.

Por onde andam os grandes feitos homéricos do restante da bancada senatorial. Já que só se vê na mídia um suposto murro nos rins de um e o eterno lançamento de uma obra quase digna de Ovídio ou Ésquilo do outro? Nada mais que isso, apenas um pingado de retóricas quase libertinas de quem quase não tem nada a fazer ou apresentar.

As quantas se vêem o quanto esses parlamentares ao velho estilo Big Brother apresentaram para seus duzentos mil eleitores. Senão a tentativa quase senil de um em tentar desestabilizar os poderes fiscalizadores alegando incompetência dos mesmos quando tentam lhe abocanhar os calcanhares.

É; realmente faz sentido quando Sarney que tão pouco vem ao Amapá, mas que nem precisa vir se o que ele é capaz de fazer consegue embaçar uma bancada inteira de um baixo clero, que mal ajambradamente consegue arrebatar uma emenda parlamentar substancial para cobrir as décadas de atraso no desenvolvimento do Amapá.


Faz muito sentido mesmo ao atacarem Sarney, tentando desesperadamente depreciar sua imagem, quando não se tem nada a apresentar na prestação de contas para a sociedade. Meramente reforço o discurso de Rui Barbosa, relembrado sabiamente por Sarney. Enquanto uns se preocupam em plantar couves efêmeras que se dissipam sob a luz da razão, sabiamente existem aqueles que plantam carvalhos, um grande símbolo da eternidade na flora européia, que no caso do Amapá se assenta melhor como o Angelim. E quem não gostar que reclame ao bispo.
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