A abertura da quadragésima oitava expofeira do Amapá reflete um quadro que senão tão gritante, solidifica e dá força ao pensamento crítico à oposição do governo do PSB. A ausência mássica das pessoas no grande parque de exposições fez com que o evento parecesse mais esmilinguído do que realmente era.
Grandes desencontros de informações e desorganização, denotam que a necessidade de centralizar tudo, como é costume dos socialistas, acabou gerando confusão na cabeça do pouco público que foi prestigiar a abertura do evento.
Solenidades a parte, o povo nem sabia se deveria ir ao encontro dos fogos ou da fala do governador e secretários que com o mesmo discurso cansativo das críticas ao governo anterior e suas lambanças homéricas e gastos nababescos.
Em um estado onde mais da metade da economia se baseia em folha pública, qualquer promotor de eventos, por mais modesto que seja, sabe por natureza instintiva que festa sem l’argent é fadada a bocejos e marasmo, como a noite de ontem. Existem regras para usar sete milhões em um evento. O planejamento e a técnica parecem ter sido unicamente a contar com que a população tenha guardado dinheiro nos colchões durante a greve bancária para comparecer à feira.
O planejamento; acredito que esteja em um grau muito incipiente, muito por falta de técnicos competentes e experientes nos meandros das políticas públicas, afinal entre programar uma festinha de aniversário para o filho e fazer um evento de grande porte, a temática é a mesma; agradar ao público, mas também tem que se planejar quanto se consumirá e quanto se receberá, o governo PSB parece ainda não ter descoberto essa pérola.
Uma prática muito comum neste governo é ausência de técnicos e o fechamento em copas para toda e qualquer espécie de ajuda que não venha de correligionários e cabos eleitorais despreparados ou apadrinhados. Alianças técnicas são desprezadas e o preparo dos gestores beira a duvida das incertezas de que se são mesmo capazes de fazer o que lhes foi outorgado.
Triste saber que o governador tem muita força de vontade, mas ao tentar acertar, cerca-se de tantos cães de guarda que no fim não querem zelar por ele mas sim por seus umbigos consensuais. Talvez sejam da mesma raça de sabujos que guardavam as portas de Waldez quando este era governador.
De um tempo onde as tetas eram ligadas a um úbere gigante que alimentava sonhos de grandeza desses pseudos-técnicos, hoje se reflete nas lojas de veículos usados e a infinidade de lanchas e jet-skis postos a venda, pois não se tem mais como sustenta-los na baixa uberina e tetas estagnadas.
Enfim, torço para dar certo, sejamos pragmáticos. Mas o discurso do “dinheiro tem, falta gestão” só pode valer quando houver gestão. Por ora a gestão segue o mesmo destino dos cabelos de freira e cabeça de bacalhau. Sabemos que estão por ai, mas ninguém os vê.