segunda-feira, 3 de outubro de 2016

A zebra que chupou um "blaus" e acabou prefeito de Santana

Nas duas primeiras páginas de uma busca no Google, encontrei cerca de 14 resultados de candidatos que na última eleição usaram o nome político de “Zebra”. Em uma rápida consulta nos resultados a apuração de domingo passado, certifiquei-me de que pelo menos oito conseguiram uma cadeira na câmara municipal de seu município.

Em Santana, talvez Ofirney Sadala, embora não tenha usado o nome de “zebra” em sua legenda, mas, o belo equino africano (não me refiro ao prefeito eleito!), que exibe suas listras pretas e brancas intercaladas, cavalgou fazendo de Ofirney a zebra do segundo maior colégio eleitoral do estado.

Com perplexidade os grupos políticos que se afamavam “donos da bola” viram minguar suas expectativas de governar o município, e, diga-se de passagem, foram composições bem densas entre partidos de expressão e tradição política que se juntaram para apoiar os três candidatos ditos, mais bem cotados, como Marcivânia, Isabel Nogueira e o atual prefeito Robson Rocha.

Em alguns casos houve até debandada, como o caso do senador Davi Alcolumbre que ao ver sua nau ir a pique fazendo água por todos os lados, pegou o único bote salva-vidas e pulou para apoiar Marcivânia Flexa deixando para sua pupila o mesmo destino do Titanic.

O prefeito que corria pelas beiradas, mesmo que vigiado pelo MPE, já que há precedentes passados de que a máquina pública havia empreendido para eleger a irmã, a deputada Mira Rocha, não conseguiu a compreensão do santanense em lhe confiar as chaves do município mais uma vez.

Antônio Nogueira que, mais uma vez queria sentir o gosto da cena de alcaide, mesmo que por intermédio da irmã, também teve o passe negado pelo eleitor, e no caso de Santana, essa recusa não se deve a crise do PT em nível nacional, mas sim pelo histórico de vários indícios de malversação dos recursos públicos e histórias que entraram para o cancioneiro popular como as famigeradas CNHs.

Já Marcivânia Flexa, relutou muito em consentir arriscar a cadeira que tem no Congresso Nacional para governar um município cheio de desigualdades que pululam a periferia. Para isso tentou enfiar o marido goela abaixo no eleitor. Não colou. Então foi ao plano B e igualmente usou a tática de seu ex-correligionário de partido e lançou a irmã, que sem nenhuma afinidade ou tato com a política, também não foi digerida e se liquefez. Não deu outra. Se lançou candidata, ao estilo “banana amadurecida na marra”.


Enquanto isso, Ofirney Sadala chupava um blaus à espera do resultado das eleições. Talvez o ex-juiz e atual tabelião, não tivesse a visão desse cenário que o tornaria prefeito. Aliás, nenhum analista político ou pesquisa de intenção de voto moldou este cenário incomum, que sob uma óptica mais nova mostre que o Santanense quer arriscar mais e experimentar novos sabores, já que os últimos, vindo dos Petistas e Trabalhistas desceram travosos e ainda deixam o gosto amargo na boca do santanense.
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