Nas duas primeiras páginas
de uma busca no Google, encontrei cerca de 14 resultados de candidatos que na última
eleição usaram o nome político de “Zebra”. Em uma rápida consulta nos
resultados a apuração de domingo passado, certifiquei-me de que pelo menos oito
conseguiram uma cadeira na câmara municipal de seu município.
Em Santana, talvez Ofirney Sadala, embora não tenha usado o nome
de “zebra” em sua legenda, mas, o belo equino africano (não me refiro ao
prefeito eleito!), que exibe suas listras pretas e brancas intercaladas,
cavalgou fazendo de Ofirney a zebra do segundo maior colégio eleitoral do
estado.
Com perplexidade os grupos
políticos que se afamavam “donos da bola” viram minguar suas expectativas de
governar o município, e, diga-se de passagem, foram composições bem densas
entre partidos de expressão e tradição política que se juntaram para apoiar os três
candidatos ditos, mais bem cotados, como Marcivânia, Isabel Nogueira e o atual
prefeito Robson Rocha.
Em alguns casos houve até
debandada, como o caso do senador Davi Alcolumbre que ao ver sua nau ir a pique
fazendo água por todos os lados, pegou o único bote salva-vidas e pulou para
apoiar Marcivânia Flexa deixando para sua pupila o mesmo destino do Titanic.
O prefeito que corria
pelas beiradas, mesmo que vigiado pelo MPE, já que há precedentes passados de
que a máquina pública havia empreendido para eleger a irmã, a deputada Mira
Rocha, não conseguiu a compreensão do santanense em lhe confiar as chaves do
município mais uma vez.
Antônio Nogueira que, mais
uma vez queria sentir o gosto da cena de alcaide, mesmo que por intermédio da
irmã, também teve o passe negado pelo eleitor, e no caso de Santana, essa
recusa não se deve a crise do PT em nível nacional, mas sim pelo histórico de
vários indícios de malversação dos recursos públicos e histórias que entraram
para o cancioneiro popular como as famigeradas CNHs.
Já Marcivânia Flexa,
relutou muito em consentir arriscar a cadeira que tem no Congresso Nacional
para governar um município cheio de desigualdades que pululam a periferia. Para
isso tentou enfiar o marido goela abaixo no eleitor. Não colou. Então foi ao
plano B e igualmente usou a tática de seu ex-correligionário de partido e
lançou a irmã, que sem nenhuma afinidade ou tato com a política, também não foi
digerida e se liquefez. Não deu outra. Se lançou candidata, ao estilo “banana
amadurecida na marra”.
Enquanto isso, Ofirney
Sadala chupava um blaus à espera do resultado das eleições. Talvez o ex-juiz e
atual tabelião, não tivesse a visão desse cenário que o tornaria prefeito.
Aliás, nenhum analista político ou pesquisa de intenção de voto moldou este cenário
incomum, que sob uma óptica mais nova mostre que o Santanense quer arriscar
mais e experimentar novos sabores, já que os últimos, vindo dos Petistas e
Trabalhistas desceram travosos e ainda deixam o gosto amargo na boca do
santanense.