sexta-feira, 3 de junho de 2011

Tenho sede...


"Depois, vendo Jesus que tudo já estava consumado, para se cumprir a Escritura, disse: Tenho sede! Estava ali um vaso cheio de vinagre. Embeberam de vinagre uma esponja e, fixando-a num caniço de hissope, lhe chegaram à boca."


No texto bíblico acima, percebemos que Ele não tem muito tempo mais de vida. As sombras que envolviam o Calvário desapareceram e a luz do sol começa a brilhar novamente. De repente ouvimos Seu lamento: "Tenho sede" e os soldados colocam um pouco de vinagre em Seus lábios.


Por que você acha que o Deus Todo-Poderoso, Criador dos Céus e da Terra e de todas as fontes das águas, pede de beber à pobre criatura humana? O que há por trás desse clamor?


É preciso entender primeiro que a morte na cruz era uma morte maldosa, cruel e sanguinária, preparada para os piores marginais. E quando falo de marginais, por favor, não pensem nos outros. Hoje eu peço que Deus me ajude a enxergar-me a mim mesmo, porque quem merecia morrer naquela cruz era eu. A Bíblia é bem clara em dizer que "o salário do pecado é a morte". Quem peca merece morrer. E quando volto os meus olhos para a história de minha vida, não tenho muita coisa boa para apresentar a Deus. Não se trata somente do que fiz, mas também do que não fiz. Por tudo isso, quem merecia morrer na cruz do Calvário, era eu, não Jesus. Mas Ele me amou tanto que deixou Sua glória celeste e veio a este mundo ocupar meu lugar e morrer por mim.


Por que, você crê que o Deus do Universo, Criador de todas as fontes, morre numa cruz miserável, suplicando por um pouco de água? Aqui está escrito com sangue o maravilhoso amor de Deus pela raça humana. Para entender isto, é preciso saber que o que Deus mais quer é viver em comunhão com o ser humano. Mas o homem sempre viveu fugindo e escondendo-se da presença de seu Criador. Assim foi desde o Éden. Quando Deus chegou ao jardim àquela tarde, o que mais doeu em Seu coração, não foi o fato de ver um fruto comido. O que partiu Seu coração foi o fato de que seu filho não corria mais aos Seus braços como das outras vezes. O filho querido agora tinha medo do Pai e se escondia.


O inimigo de Deus, de alguma maneira quer colocar na mente dos homens a idéia de que Deus é mau, castigador e vingativo; de que Deus está sentado em Seu trono com uma vara na mão, olhando para a terra, para ver quem é que se porta mal para castigá-lo. Dessa maneira, você começa a ficar com medo de Deus e passa a servi-Lo por temor. E pensa assim: "Se eu não me portar bem, Deus me castiga. Se eu não me portar bem, Ele vai levar meus negócios à falência, ou, meu filho pode sofrer um acidente. Então, tenho que me portar bem". E a gargalhada de satanás é ouvida no Universo inteiro porque se ele não puder levar você a viver uma vida completamente errada e distante de Deus, vai fazê-lo servir a Deus por medo, porque para o diabo viver longe de Deus, ou servi-Lo por medo é a mesma coisa. Por isso, desde o Éden ele colocou medo no ser humano. "Pequei, falhei, desobedeci, comi o fruto que Deus disse que era pra não comer, então tenho que me esconder para que Deus não me mate". E Adão e Eva se esconderam.


Quando Jesus exclamou na cruz do Calvário: "Tenho sede", estava expressando a Sua humanidade plena. Aí podemos ver Deus feito homem, plenamente homem ao ponto de ter sede.

Quando Ele disse "Tenho sede", queria dizer, "já fiz tudo o que era preciso para salvar o homem. Consegui meu objetivo, alcancei a meta. Agora dê-me água, porque cheguei ao alvo, terminei o que tinha de ser terminado". Sabe o que quer dizer isso? Que a sua vitória já está garantida; que a sua salvação é um fato concreto; que seus erros passados já foram pagos na cruz do Calvário; que o inimigo não tem mais o direito de atormentá-lo por causa de sua vida passada. Sabe o que quer dizer isso? Que a próxima vez que o inimigo, através de sua consciência, quiser atormentá-lo, você tem todo o direito de dizer: "Você não tem mais motivo para me atormentar porque, é verdade, pequei, mereço a morte; mas a dívida da minha culpa foi paga na cruz". Ninguém hoje tem o direito de ficar aí triste, pensando que não há solução.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

O poder devastador do tempo


Sempre que o relógio toca, um segundo passa. Parece relativamente pequeno o espaço de tempo, mas quando vivemos em função dele, o tempo passa a desempenhar uma função quase carrasca para nós. Cada espaço preenchido por sua impiedosa passagem, nos consome, nos rasga em pedaços cada vez menores que aos poucos se tornam quase partículas sub-atômicas prestes a desaparecer.

Viver em função do tempo tem sido cada vez mais a minha sina, o tempo de amar, de falar, o pouco tempo que resta, o pouco de dinheiro gasto em função do tempo que se esgota e se torna cada vez mais devorador de ponteiros e números.

Enfim, o tempo e suas manias de nos encobrir de rugas de marcas de expressões que cada vez mais nos envergonham em frente ao espelho, de nossas próprias mazelas em função do consumo do tempo, que nos seca, que nos corta, que nos mata.

Qual a um carcará que mata, fere e come. O tempo nos consome, nos destrói. O que mais me deixa confuso é o quanto as pessoas não fazem idéia de que o tempo nos destrói, a falta que um pouco de tempo faz, em função da destruição que ele causa, quando passa e tudo se vai, e os outros nem fazem ideia que o pouco tempo ou o muito tempo que perdem entre decisões e resultados, pode salvar ou condenar uma vida a uma razão de muitos problemas ou da perda dela por que o tempo foi longo e sua espera não podia ser maior.

Assim é o tempo. É como sua amiga morte, devastador e impiedoso, sem nenhum remorço ou sentimento ou zelo pelo alheio, o tempo não é recalcado nem preguiçoso, trabalha incansavelmente ao logo do infinito, com uma única meta rudimentar e impiedosa: Acabar.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

O bom, o mau e o feio

Três homens - o "Bom", o "Mau" e o "Feio" - estão atrás de um tesouro escondido em um cemitério. Cada um deles conhece apenas uma parte da sua localização, o que faz com que eles tenham que se unir. O problema é que nenhum deles está disposto a dividir o que encontrarem.

É mais ou menos assim que consigo retratar a atual conjuntura deste Estado. Um faroeste estrelado em 66 por Clint Eastwood. Onde o "Bom", na pessoa de Camilo Capiberibe, tenta de quase todas as formas (algumas equivocadas) gerir um Estado com severíssimos problemas de déficit econômico, e por má gestão de recursos em gestões anteriores.

O “Mau” continua engastado na pessoa da oposição, que torce sempre pelo “dar com os burros n’água” como se isso fosse um caso isolado e não afetasse o coletivo incluindo assim a própria oposição derrotada por seus próprios atos.

O "Feio" está sendo a própria bancada em Brasília, que de tão distante acabou esquecida e omissa ao clamor da própria terra, mesmo alguns sendo do baixo clero, suas vozes não são ouvidas por medo de tentarem e caírem no ridículo por não saberem falar sem o teleprompter.

O senado por enquanto é uma seara vermelha, temos seu engessado presidente, que pouco lembra do Estado que lhe deu poder por 16 anos. Ou de Gilvam Borges que ainda gasta seu tempo como senador, lambendo as feridas para se manter no cargo após a decisão de que Capi pode voltar.

O caçulinha do senado, como Randolfe Rodrigues ficou alcunhado, ainda que com a cabeça cheia de idealismos socialistas e muita vontade, ainda precisa de um certo jogo político para abrir portas e propor emendas que ao invés de um trocadinho; tragam enfim um progresso real que torne esta terra independente das mesadas e repasses de Brasília para ser feliz.

Enfim, assim como no filme, para tudo na história da vida ela encontra um caminho para seguir.


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