quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

...agora e na hora de nossa morte...


É considerável o peso que a solidão faz em nossas vidas. Sinto isso a cada dia que me privo da companhia dos que amo, dos que prezo, dos que simplesmente já não podem mais estar aqui.
É triste ser só, isso é uma certeza matemática, ainda mais quando se esta só pelo simples motivo de não poder fazer nada para mudar anatureza da solidão.
Alguns dizem que nunca estão só, que estão com Deus, mas Ele tem sido uma companhia tão ausente ultimamente. Chego as vezes até a pensar que Ele não está querendo muito a companhia de um outro solitário.
Neste momento em que ficamos só começamos a refletir sobre o quanto somos infinitamnete insignificantes sem a companhia de alguém. Chegamos as vezes em certa altura da vida à soberba de achar que o mundo é nosso e não precisamos de ninguém. Ledo engano.
Acredito que a solidão é um estado de espírito que todo o ser humano tem que passar, até mesmo Jesus teve seus 40 dias de solidão, pois não podemos dizer que a companhia do diabo nesse príodo foi de grande valor.
Enfim, estar só, por que se foi deixado para trás é algo com o que se pode lidar, que nem cachorro que cai do caminhão da mudança. Que tem que aprender a se virar em um mundo novo e achar companhia novamente.
Mas quando se está só, contra a vontade, sabendo-se que tem alguém do outro lado, a 450 km de distância, esperando você e você ainda não pode estar lá por tantos fatores mortais que fazem parte do cotidiano das pessoas, é muito mais mortal do que qualquer forma de solidão, seja ela exilada ou por abandono.
O amor faz parte desse momento solitário, afinal sem ele não conseguimos sobreviver mais do que uma semana em meio de uma solidão sem amigos, sem parentes sem paz. E isso é um grande teste de paciência e de resistência.
No fundo no fundo acredito que esses momentos são compensações que a própria vida nos faz passar para que estejamos aptos quando chegar a hora de nossa morte, afinal nela também estaremos sozinhos, mas diferente de outra fala que fiz em um artigo qualquer no passado. Nela não vamos ficar sós por muito tempo.

Boa quinta feira para todos.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Hermes, Afrodite e a política brasileira


Não faz nem dois meses que a primeira mulher na história desse país, se tornou presidente da república. Na verdade por uma série de fatores que fizeram com que o eleitor não optasse nem por Serra e nem por Marina, colocaram a ex-ministra da casa civil de Lula na sala numero 01 do 2º andar do Palácio do Planalto.

Dilma por enquanto não tem tido problemas para administrar o feudo do PT por enquanto. Mas sua primeira chancela tem sido a rusga com a bancada aliada e oposicionista pelo valor do mínimo. A força sindical que sempre esteve a beijar a mão de Lula nos últimos oito anos se vangloria que o presidente só saiu com uma aprovação de 83% por que andou de mãos dadas com as corjas sindicais.

Realmente, Lula fez de tudo em sua lambança populista, beijou a mão e se deu para beijar e correr para o abraço. Soube fazer direitinho o que ele jura de pés juntos que nunca fez: Bancar o Getúlio - pai dos pobres e desassistidos.
Realmente não posso mais crucificar Lula, afinal ele já deixou o poder... Opa! Deixou?

Ontem Lula deu uma entrevista, sendo ele uma das estrelas do fórum mundial que acontece no momento. Mas a fala de Lula não foi bem uma fala de ex-presidente. Mas sim quase que um recado do tipo: "Ei! Ela esta sentada na cadeira, mas vocês ainda respondem a mim!

E c´est fini. Sinto-me bem, agora que estamos morando em uma indecisa democracia. Afinal houve há alguns anos um plebiscito para decidir se o Brasil queria ser monarquia ou república, presidencialista ou parlamentarista.

Acredito que no fundo da história, os rumos quase que se perderam. Temos um sistema em que temos uma rainha que posa de presidente, mas só serve para as fotos de estado, não manda em nada. E um primeiro ministro que atua nas sombras, quase que eminência parda, ditando regras e não se acostumando a vida de desempregado e ex-estadista que pelo jeito foi essa a pecha que levou consigo.

Enfim isso me lembra muito a história do mio hermafrodita, onde dois deuses se uniram para formar um híbrido indivíduo com a personalidade de ambos, o que não parece acontecer com nosso hermafrodita tupiniquim. Afinal um não tem personalidade e o outro tem até demais com seu senso de humor metafórico ultrapassado.

E eu que pensava que Tancredo Neves no seu afã de sobrepor as cercas da luta política na época, tivesse sido o único primeiro ministro que o Brasil teve, nos anos em que o brasileiro ainda não tinha personalidade nem vontade.

Atualmente o brasileiro tem mais crises de identidade para se preocupar, afinal não sabe quem é seu real presidente, continua não tendo nem personalidade nem vontade própria pelo andar da carruagem. E ainda tem que ficar se perguntando se elegeram Dilma ou Roberta Close para presidente.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Ordo ab chaos


“Uma encruzilhada onde nós tomamos decisões que influenciarão enormemente a vida na Terra em um futuro próximo. Nós podemos arremessar para bem longe as portas das prisões mentais e emocionais que limitaram a raça humana por milhares de anos. Ou nós podemos permitir que os manipuladores completem a sua agenda para a escravização mental, emocional, espiritual e física de cada homem, mulher e criança do planeta com um governo mundial, um exército, um banco central, uma moeda corrente e uma população controlada por microchips.”

Transcrevi esse texto como parte de uma fala que tem se tornado comum entre os expositores apocalípticos. Nossa como isso soa fantástico, mas se a raça humana erguesse os seus olhos da mais recente novela ou game show por tempo suficiente para empenhar seu cérebro, veria que estes eventos não estão para acontecer; eles estão acontecendo. Vendo um DVD que me chegou às mãos, passei a acreditar que teorias conspiratórias não nascem da boa cabeça de roteiristas como os de Lost. Mas também da criatividade de muita gente que poderia escrever séries de sucesso absoluto na TV com um clima que nem um pouco lembraria Deja Vu.

“O impulso para o controle centralizado da política global, dos negócios, dos bancos, do exército e da mídia está aumentando a passos largos. A implantação de microchips nas pessoas já está sendo sugerida e, em muitos casos, a caminho.”

“Sempre que uma agenda escondida está a ponto de ser implementada sempre há o período quando o escondido tem que subir à superfície para o empurrão final na realidade física. Isto é o que nós estamos vendo agora na explosão de fusões entre bancos globais e impérios empresariais, e a velocidade pela qual o controle político e econômico está sendo centralizado através da União européia, das Nações Unidas, da Organização Mundial do Comércio, do Acordo Multilateral de Investimentos, e uma corrente de outros corpos de globalização como o Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional e o G-7/G-8. Por trás desta constante e coordenada centralização está uma tribo de linhas genéticas que cruzam entre si que podem ser relacionadas ao antigo Oriente Médio e Próximo Oriente. Elas emergiram de lá para se tornar a realeza, a aristocracia e o sacerdócio da Europa antes de expandir o seu poder pelo mundo, principalmente através do "Grande" Império britânico.”

Será que esta fala mesmo faz com que acreditemos em algum poder supremo dessas organizações que nem de longe conseguem fazer algo acontecer no dinamismo normal das coisas? A Humanidade preferiria fazer o que ela acha ser certo para si mesma no momento do que considerar as futuras conseqüências de seu comportamento para a existência humana.

“Mas enquanto sua cabeça está dentro da areia seu traseiro está no ar, e o tornado ainda está vindo. Se você erguesse a sua cabeça e o enfrentasse, o desastre poderia ser evitado, mas ignorância e negação sempre asseguram que você terá a força completa e as mais extremas conseqüências, porque o tornado vem quando menos se espera e quando você está menos preparado. Como eu disse, ignorância é felicidade - mas só por algum tempo. Nós criamos nossa própria realidade através dos nossos pensamentos e ações. Para toda ação ou omissão há uma conseqüência. Quando nós entregamos nossas mentes e nossa responsabilidade nós entregamos nossas vidas. Se bastante de nós fizermos isto, nós entregamos o mundo e isso é precisamente o que nós temos feito ao longo da história humana conhecida. É por isto que poucos sempre controlaram as massas.”

Veja bem este não é um pensamento meu, é apenas uma síntese do que pulula no mundo a margem do mundo. Coisas que geralmente beiram ao absurdo, mas fantasiam uma verdade em base de verdade de fatos.

Enfim, uma divagação sobre temas apocalípticos sempre existiram e sempre existirão. Mas teorias conspiratória, religiosas, nossa, acho que isso é verdadeiramente da ordem ao caos.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Liztmania


Você deve lembrar ainda daquele que foi o maior concerto beneficente mundial de todos os tempos, o Live Aid, realizado em 1985. Organizado pelo roqueiro Bob Geldorf (se lembrem dele no filme TheWall). Ele conseguiu reunir em Londres as megaestrelas da época e foi visto pela televisão por quase 2 bilhões de pessoas. A expectativa era de arrecadar um milhão de reais, e acabou arrecadando 150 vezes amais que isso.

Hoje você vê Bono Vox entre uma excursão e outra, zanzando pelo mundo, incluindo o Brasil. Discursando no G8 em Davos, ou visitando o Papa e trocando óculos por rosários. O líder do U2 é também um líder planetário, falando em nome de países mais pobres onde seus líderes não têm coragem de brigar por eles. Pede cancelamento de dívidas, luta contra a fome.

De Paul MacCartney a Sting, passando por Madonna, o que não falta é roqueiro, com sua ONG a tiracolo, para pregar pelos despossuídos e pelos indígenas, pelas matas virgens, pelos favelados, pelos animais. Esses músicos hoje são capazes até de influenciar debates sobre a crise econômica e até sobre a paz mundial. Mas há apenas dois séculos eram tratados como serviçais subalternos.

Mas como os astros conquistaram o poder de influenciar os rumos até da política internacional? Como conquistaram o poder de mobilizar e influenciar de multidões a poderosos chefes de governo?

Podemos dar um pulo ao século XVIII, onde em contraste com a enorme influência dos roqueiros atuais, naquela época os maiores mestres da história da música eram submetidos aos poderes despóticos do Estado e da Igreja.

Vejamos por exemplo, Bach foi preso a mando de seu patrão, e Mozart foi escorraçado de Salzburgo por ordem do arcebispo seu patrão. Mas tudo começa a mudar com Beethoven. Já em 1827 sua morte é lamentada como uma perda de toda a humanidade. Em pouco mais de uma geração os músicos tinham evoluído de lacaios trabalhadores semi-braças A condição semi-divina de gênios.

Abalando as concepções até então vigentes sobre o virtuosismo musical, Franz Liszt deixava multidões de admiradoras por onde passava, em uma prefiguração da meteórica carreira de ídolos populares do século seguinte. Após ser banido da Alemanha por atividades subversivas, Richard Wagner, inventor na revolucionária obra de arte total. Tornou-se objeto de veneração de reis, ditadores e magnatas (ótimo para um subversivo),

Com o advento da reprodução mecânica e, em seguida eletrônica do som, a música conquistaria espaços jamais sonhados por compositores e instrumentistas. Os Beatles representam esse momento culminante.

Percorrendo os desenvolvimentos políticos e sociais da música ao longo da história; vemos que os músicos saíram da submissão tirânica de patrões representantes do clero e da nobreza e forma para o lugar de prestígio e à fortuna atualmente desfrutada pelas estrelas do rock e também da musica clássica como alguns maestros e cantores.

Alguns podem até dizer que essa evolução é coisa do diabo, como disse uma vez um jornal Frances sobre a genialidade e a velocidade de Paganini ao violino:

“Paganini é satã no palco, caiam aos pés de satã e o adorem.

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