terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Bear and me

Não me lembro a última vez em que estive tão dependente de um ser humano, mas acho que foi no útero ainda, não me recordo de outro momento em que precisei esta ligado fisicamente ou umbilicalmente a outro ser vivo, salvo as bactérias simbióticas, mas essas não contam.
Conheci bear um ano atrás, estudos da floresta era seu campo estudantil. Dez anos a menos que eu, parecia algo bem fulgaz e efêmero, que tinha tudo para não dar certo, afinal tudo colabora para que não dê, Murphy está ai para isso.
Bom mas o que importa é que bear foi algo intenso, vivo, rápido e ao mesmo tempo uma eternidade no universo da felicidade.
Salvo nas horas em que não podia estar 100% de seu tempo comigo, e nem eu a seu lado em tempo integral. Mas o que é certo é que um belo dia achei que bear fazia algo que eu não adimitia, me senti traído, secundeado a um plano inferior. De raíva e de ódio e de ciúmes, mandei bear embora de minha vida. Ledo engano, esquecer bear era tão dificil quanto agarrar uma nuvem.
Terminada minha jornada nas terras tucujús, resolvi partir e lá estava bear em minhas reminiscências, apelando com seu sorriso discreto e de uma timidez indescritível. Enfim cedi. chamei bear mais uma vez para ver seus olhos, seus lábios, não era a lascívia falando, era o embrião nascendo, deixando de ser uma mera mórula para ser algo maior.
Logo um ano se passou. Insisti em viver longe, me exilar, me esconder, menos morrer... E sempre que pensava para trás via os olhos de bear, o único ser vivo ao qual tive coragem de me despedir quando me desterrei mundo afora.
Criando tempo, tempo criado, uma tragédia familiar me trouxe para 450 km perto de bear. Não resisti um dia e um impulso me levou às primeiras horas da manhã a achar o único veio de contato que seria possível para quem não sabe por onde começar. Lancei a semente. E nessa noite os deuses estavam acordados e me permitiram ler as palavras bem contidas de bear.
Enfim, comecei um ano muito bom, com sonhos e planos, com idéias de raízes e futuros alinhados, com cortinas nas janelas e flores nos beirais. Sem a brejeirice dos convencionais romances que começam em contos de fadas, passam pela sessão da tarde e terminam em um mar de tristezas com espumas de rancor.
Não quisemos isso para nós, apenas pés no chão, descalços e tranquilos que se unem sempre nas longas caminhadas que faço com bear pelas ruas calmas da cidade em horários onde nossas agendas nos permitem.
Enfim,
O tempo passou, o ano novo veio e está caminhando, assim como eu e bear, aguardamos, esperamos, pacientemente o tempo passar, calmos e felizes.
Casamos e vivemos nossa tranquila vida pacífica com muitas palavras do meu lado e sorrisos e olhares advindos da outra parte. É só isso que precisamos para sermos felizes: palavras e sorrisos, o resto, é secundário.

Te amo bear.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Tempus Fugit!

Embora a língua se queime em meados de neve e sol escaldante, a língua realmente sofre ao frio r ao abrasante calor. Disse que o exílio seria para sempre, mas nem Gonçalvez Dias ritimou sua canção com sabiares o suficiente para me afastar da terra onde o sol nasce primeiro e os olhos não são puxados.
As vicissitudes do amor são atreladas diretamente as eloqüências da morte, afinal uma não vive sem a outra para que possa matá-la. Mas afinal o velho Irlandes do Stocker vivia pregando que o amor é algo que nunca morre. Pode ser que seu verniz se embace um pouco ou sua intensidade diminua em alguma barriga de tempo onde as coisas esfriam. Mas afinal é no frio que os maiores índices de natalidade são registrados, afinal o que não se faz lá fora, se faz dentro de casa, aquecer-se os corpos e entregar-se a lasciva arte do amor.
Hoje entendo perfeitamente por que voltei ao meu quase defenestrado blog para pregar que acabei queimando minha língua quando dizia e vivia dizendo aqui igualzinho a Carlota do Brasil: "Desta terra não quero nem o pó". Na verdade de pós quase nada entendo por que a renite não me deixa (risos). Mas de amor acho que me tornei praticamente um decano nessa escalada. Deuses, demônios, meninos, meninas, homens e mulheres, acintes da humanidade que se fartem de amar. Pois agora eu amo como nunca dantes descrito ou navegado, se me permite o caolho luso lhe fazer esta proeza com a saga vascaina.
Abram-se as portas do litúrgico dia, por que o amor está mais vivo que Lázaro trazido da tumba.
Levanta-te e anda, pois tempus fugit.

Tô de volta! E tô amando, muito!
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