Quando se avalia no
crivo da educação as tantas propostas eleitorais, ou em alguns casos as quase
nenhumas no campo educacional. Vê-se realmente que de educação, a política dos
candidatos, sejam eles a presidente, governador ou prefeito, tem tanta afinidade
com o meio quanto a união de água e óleo.
A maioria dos políticos acredita
ainda em fundar a escola modelo que servirá de base para toda a rede educacional
que pretende gerir. O que eles esquecem é que não existe escola padrão.
Atualmente todas as
escolas, não importando se são da rede municipal, estadual ou federal padecem
do mesmo mal: são díspares. Os resultados são ruins e os que aferem os tais
resultados ainda insistem em mascarar uma realidade: a educação é ruim por que
os gestores são desqualificados para gerir.
Tentam com uns surrados alfarrábios
dos quais denominam sob o pomposo nome de projeto politico pedagógico incutir
nas cabecinhas cansadas de muitos educadores os conceitos de Piaget e Vygotsky (algo que todos
sabem citar a exaustão nas defesas de TCC´s) e esquecem que nada disso tem
serventia senão for vivido por ambos os lados: educadores e educandos.
Mas para isso eles sempre
têm um remédio. Senão as ferramentas criadas para “diminuir” o índice de
analfabetismo, ou a humilhação das “cotas” que insultam a inteligência de quem é
colocado no mesmo conjunto universo pelo fato de ser pobre ou negro, ou uma
minoria das tantas criadas pela sociedade de difernças, associado diretamente à
incapacidade de aprender.
As ferramentas de
avaliação também são draconianas a contar que não se mede o que se aprendeu se
não se sabe como avaliar. E não é com provas realizadas com o conluio de certas
instituições e gestores que criam pequenos grupos de “gênios” que resolvem as
provas e repassam a falsa ideia de que o ensino público vai maravilhosamente bem.
Enclausurados em seus
gabinetes, os tais criadores do ensino brasileiro regurgitando frases de Paulo
Freyre tentam a todo custo criar uma “Escola da Ponte” em cada prédio público
mal ajambrado, tentando a todo custo copiar o que parece ser bom lá fora como a
descoberta da pólvora aqui dentro. E por isso enfiam goela abaixo as chamadas
disciplinas extracurriculares como se estas fossem melhorar o fiasco anual do
ENEM.
Mas também porque não
olhar criticamente as secretarias de educação atulhadas apenas por pedagogos e
nem um especialista em demografia, que possa dizer quantas crianças nascerão
nos próximos anos e assim indicar quantas escolas devem ser construídas ou as
vagam aumentadas em outras.
Mas não. O olhar se
volta para a visão europeia, onde um livro que lá deu resultados maravilhosos e
a escola tinha paredes na cor magenta, faz com que um universo onde há muitos
educadores e quase nenhum gestor, faça com que tenhamos um padrão de escola na
cor de groselha desbotada e crianças lendo livros fazendo biquinho à francesa.
Dispor de novas
tecnologias como notebooks e tablets e doa-las aos professores como se isso
fosse reverter o quadro é mais um ledo engano de quem acredita que a tecnologia
pode mudar o mundo unilateralmente quando na verdade o cunho como sempre não é
o proveito do rendimento educacional e sim o bom e velho eleitoreiro de sempre.
Educar é uma arte, não
tomar parte nisso como educador e ao mesmo tempo gestor é um desperdício total
de todos os recursos mal empregados que os tais “gestores da educação” não
sabem como usar. Passam a vida inteira tentando construir um modelo perfeito de
escola dos sonhos que mal sabem a diferença entre o velho conteudismo que
empregam e o construtivismo que tentam a todo custo enfiar goela abaixo de uma
sociedade passiva que ainda acredita que comer, rezar e amar são melhores propostas
de governo do que educar.