sábado, 30 de março de 2013

A Páscoa se aproxima...


A Páscoa que é passagem...
               Mais uma vez, o sofrimento, os erros e a dor da humanidade ganham a redenção pelo perdão. Mais uma vez, é momento de estar em família e agradecer pela fé que nos sustenta e une.
               Não quero celebrar a Páscoa de uma religião só, apesar de ter minha crença. Quero falar sobre o espírito da Páscoa que pertence a toda a humanidade.
              Quero celebrar valores, muitas vezes esquecidos, como a fidelidade, a defesa da verdade, o respeito pelo irmão de qualquer cor, de qualquer raça, de qualquer diferença...
              Quero celebrar a Páscoa de sentimentos que humanizam, como a compaixão e o perdão...
              Quero celebrar a Páscoa que comemora a capacidade de amar e exalta a dádiva que Deus nos oferece, a cada dia, ao acordarmos: poder escolher uma nova vida.
              Quero lembrar a Páscoa como um momento de reflexão sobre paradoxos da vida: traição e amor, perda e redenção, separação e união, morte e nascimento. Este paradoxo que nos faz perceber que tudo está em constante transformação, que também a dor tem um fim e que é possível renascer.
              Convido você a celebrar esta Páscoa comigo, pois acredito que ela deva ser a Páscoa de todos nós!

                                           Com meu carinho,

Charles Borges.

terça-feira, 26 de março de 2013

Teorias conspiratórias


Que no meio político as armações e os planos mirabolantes estão sempre sendo planejados; ninguém tem dúvida. Mas uma questão pontual tem intrigado o amapaense depois de tantas idas e vindas de amor e paz, entre tantas ideologias partidárias que se dizem distintas como água e óleo e de repente miscigenam-se de maneira quase alquímica.

Nesta semana mais um desses indícios misteriosos surgiu à baila como um evento que poderia ser natural e corriqueiro se não fosse um simples questionamento por parte da opinião pública: Porque depois de quase três meses de abandono antes do estouro do champanhe de um casamento previamente arranjado?

Repasses não repassados, declarações de omissão de apoio, sorrisos amarelos. Foram o tema frequente do noticiário politico amapaense que ficou sem entender por que o governo largou a prefeitura a própria sorte sem lenço e sem documento, a lastimar e contar as moedas para tentar tapar uma craterazinha aqui e uma acolá.

Mas como o mundo amapaense parece mais uma criação da mente Lewis Carrol do que um ex-território que faz vezes de estado. Uma saraivada de denuncias que sacudiu as ocaras de dois pretensos caciques e fez com que as copas das bacabeiras macapabas estremecessem para levar o cenário ao prumo.

Claro que a fértil imaginação dos formadores de opinião começou a fervilhar como larvas no esterco logo que os flashes das fotografias de abraços e beijos entre governo e prefeitura com a benção dos caciques do veludo azul começaram a pururucar em jornais e redes sociais.

Teorias conspiratórias logo surgiram a cada viela, beco e barraca de feira sobre o porquê desta repentina amabilidade entre os querelantes que levou ao cachimbo da paz que foi fumado entre maracás e cunanis a fumaçar como a Capela Sistina em tempo de habemmus Papam.

Nestes tempos bicudos, só faltam trazer agora os tão famigerados illuminatis para tentar criar mais uma teoria conspiratória que consiga ser mais criativa do que as que o amapaense tem fertilizado no córtex tucuju, para superar as já criadas ou para pelo menos se aproximar da verdade que nunca saberemos.

Mas, mesmo eivado de tantas teorias conspiratórias que vão desde a um amor tórrido surgido entre caciques, passando pelas consequências das denuncias de um ex-deputado magoado e com crise aguda de consciência. Até a mais criativa: a de que se um não declinasse de postular a cadeira de cacique mor em detrimento ao outro, se abriria o verbo e todos morreriam abraçados.

Não duvido muito, até por que na fábula do escorpião que atravessa o rio nas costas do sapo e mesmo assim desfere-lhe uma mortal picada levando os dois a morrerem afogados. Pode até ser que os dois caciques acabem enfiando o dardo imerso em curare um no outro e enfim a guerra de tribos e das teorias conspiratórias. Sejam apenas parte de uma fábula de pouca monta de nossa história há muito castigada.

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