Na terça Feira 27 a Câmara de Vereadores de Santana se reuniu em sessão para votar o afastamento do prefeito Antônio Nogueira que se encontra em seu segundo mandato. Acusações de improbidade administrativa e uma série de irregularidades quese arrastam de longa data, como o escândalo das CNH que se tornou nacionalmente conhecido, fazem com que Nogueira desde sempre enfrente crises, uma das quais culminou com a decisão da câmara para o afastamento do prefeito por 90 dias.
A origem da crise atual aconteceu no fim de semana quando Nogueira tuitou (sempre o twitter), exonerando o secretário municipal de saúde e também vice-prefeito, Carlos Mathias. O prefeito justificou o ato, em função de Mathias estar mancomunando-se com os vereadores de oposição para conspirar contra ele e sua administração desastrosa.
A resposta da oposição, não tardou a vir; e veio com uma votação expressiva de sete contra um, no pedido de afastamento do prefeito. A crise nem é tão grave assim, uma ressalva do TCU passou o sabão em Nogueira por ter remanejado recursos da união para pagamento do funcionalismo público municipal. Nada que uma solução jurídica não resolva.
Acredito mesmo que Nogueira deva se afastar para que sejam investigadas não só essa, mas a muitas irregularidades ocorridas durante seus mandatos. Isso com certeza dá lisura ao processo de captação de provas. Seguro morreu de velho, afinal Jader Barbalho conseguiu dar sumiço em diversas provas e até processos inteiros de dentro do arquivo público do ME do Pará, isso por que estava fora do Palácio Lauro Sodré.
Mas o intrigante nesse circo todo montado em Santana, não é a crise Nogueira, pois isso já se tornou corriqueiro e nem vende tantos jornais assim. Coisa requentada. Maspresença inusitada de dois secretários de estado na câmara municipal. Negligenciando suas funções do primeiro escalão de seus respectivos gabinetes, José Roberto do desenvolvimento agrário vestiu-se de coach para dar instruções ao vereador Richard, de como dar os ganchos de esquerda e demais golpes nos vereadores.
E como que se comparando o fato como uma partida esportiva, não poderia faltar a presença da cheerleader Helena Colares, que deixando desguarnecida a já inócua secretaria de turismo e praticamente transtornada, urrava, berrava e jogava ovos nos vereadores durante a votação, até mesmo incitava a plateia nas galerias à histeria sem noção.
Nem parecendo uma secretária de estado, Helena agia como uma adolescente alucinada por ecstasy, gesticulando com as mãos e fazendo trejeitosa cada voto a contragosto do prefeito. Com palavras de vocabulário chulo, xingava os vereadores e clamava aos demais que fizessem o mesmo, e nem sempre era atendida.
Há cerca de um mês, procurei a secretária para oferecer um patrocínio empresarial para realização do Carnaguari, infelizmente não fui atendido pela secretária, poissua chefe de gabinete alegou agenda cheia e sem previsão.
Bem vejo agora o motivo de a secretária não poder atender às necessidades de sua pasta que vai de mal a pior. Afinal se a secretária ao invés de tratar de seus assuntos, resolve fazer o turismo politico para Santana fica difícil o desenvolvimento turístico do estado realmente s e alavancar com uma pessoa com esse perfil a frente dela. Que se predispõe ao lamentável papel de militância desmedida.
Mal amparado está o Amapá nesse quesito, aliás não só nesse como em tantos outros que carecem de técnicos realmente engajados nas mudanças proposta pelo governador durante a campanha. Parabéns a deputada (ou ex?) Marcivânia pela indicação de Helena. E governador?! Com a palavra: Mudança...