Talvez
o mundo real não faça muito sentido no universo paralelo e místico em que se
localiza Brasília. A cada dia que passa vê-se que a obra de Juscelino se
afastar do mundo real, assim como a pequena Alice a cair na toca do coelho rumo
a um mundo que só existiu na criatividade de Lewis Carrol, uma Dilma no país
das maravilhas, meio que pelo avesso.
Em
seguida ao apogeu das manifestações, o mundo voltou ao normal. Mas os conselhos
sapientíssimos de Aloisio Mercadante e João Santana à presidente parecem ter
saído de alguma página obscura das obras de Tolkien, só faltando hobbits e
elfos para completar a fábula.
Fantásticas
dicas de como sepultar as crises com decretos e descalabros que somente na
mente pequena dos conselheiros da rainha de copas que, apesar de sua grande
cabeça avolumada pelo penteado pigmaleão 70 que ostenta, parece não ter a mesma
proporcionalidade racional das necessidades do povo que governa.
Primeiro
a máxima de importar mais de seis mil médicos cubanos para aplacar as
enfermidades de um Brasil sem remédios, leitos e equipamentos de diagnósticos.
Quase a base da prestidigitação pela falta de instrumentos e até do bicentenário
raio-X. É de se imaginar que os cubanos trouxessem na maleta além do
estetoscópio algum sortilégio caribenho para ajudar na empreitada de curar a
base de chás e unguentos milagrosos.
Com
o naufrágio da infeliz ideia de importar médicos, preferiu-se então arrebatar a
massa de residentes e estudantes quintanistas para compulsoriamente inflar o
SUS e com isso tornar o Brasil um país com a mesma medicina que existe nas
terras da rainha, (que não a de copas tupiniquim, mas Elizabeth II). Isto nas
palavras do sacrossanto ministro da educação Mercadante II.
É
de se imaginar então que o próximo passo de Dilma no quesito saúde pública deva
ser o de copiar o hoje anjo harpista Hugo Chaves e seu dileto discípulo Evo
Morales; e sair confiscando Brasil adentro as máquinas de raios-X, tomógrafos e
os demais equipamentos de diagnose para complementar o trabalho dos médicos que
irão remar nas galés do interior dos rincões brasileiros.
Fico
a imaginar a cena fantástica das tropas de segurança nacional a invadir
laboratórios e fábricas de medicamentos, em cumprimento ao confisco de suas
produções para suprir as necessidades dos postos de saúde e das farmácias dos
hospitais.
Pois
com a politica de decretar, decretar e decretar e com isso tentar-se em vão resolver
problemas crônicos da saúde pública no Brasil, mais cedo ou mais tarde
chegaremos a este ponto crítico. A não ser que neste mundo fantasioso que a
presidente parece tirar das páginas de Tolkien e Carroll e de outros mais
autores de histórias fantásticas, surja também uma nova raça de médicos,
dotados de visão de raio-X e com as pontas dos dedos semelhantes ao do ET de
Spilberg, em que a ponta se acende, as flores murchas revivem, as dores se
extinguem e os mortos voltam a vida.
Mas
como toda boa ou má leitura, um livro tem pagina final e se acaba. Já os erros
de Dilma tem custado caro não para sua popularidade, pois esta não significa
nenhum provento ao brasileiro. Mas o prejuízo à saúde pública é incalculável, e
não desmerecendo os autores de ficção, o que mais expressa esse fardo futuro é
poeta Mário Quintana que dizia que um erro em bronze, é um erro eterno.