terça-feira, 16 de julho de 2013

Tolkien, Carroll e Dilma

Talvez o mundo real não faça muito sentido no universo paralelo e místico em que se localiza Brasília. A cada dia que passa vê-se que a obra de Juscelino se afastar do mundo real, assim como a pequena Alice a cair na toca do coelho rumo a um mundo que só existiu na criatividade de Lewis Carrol, uma Dilma no país das maravilhas, meio que pelo avesso.

Em seguida ao apogeu das manifestações, o mundo voltou ao normal. Mas os conselhos sapientíssimos de Aloisio Mercadante e João Santana à presidente parecem ter saído de alguma página obscura das obras de Tolkien, só faltando hobbits e elfos para completar a fábula.

Fantásticas dicas de como sepultar as crises com decretos e descalabros que somente na mente pequena dos conselheiros da rainha de copas que, apesar de sua grande cabeça avolumada pelo penteado pigmaleão 70 que ostenta, parece não ter a mesma proporcionalidade racional das necessidades do povo que governa.

Primeiro a máxima de importar mais de seis mil médicos cubanos para aplacar as enfermidades de um Brasil sem remédios, leitos e equipamentos de diagnósticos. Quase a base da prestidigitação pela falta de instrumentos e até do bicentenário raio-X. É de se imaginar que os cubanos trouxessem na maleta além do estetoscópio algum sortilégio caribenho para ajudar na empreitada de curar a base de chás e unguentos milagrosos.

Com o naufrágio da infeliz ideia de importar médicos, preferiu-se então arrebatar a massa de residentes e estudantes quintanistas para compulsoriamente inflar o SUS e com isso tornar o Brasil um país com a mesma medicina que existe nas terras da rainha, (que não a de copas tupiniquim, mas Elizabeth II). Isto nas palavras do sacrossanto ministro da educação Mercadante II.

É de se imaginar então que o próximo passo de Dilma no quesito saúde pública deva ser o de copiar o hoje anjo harpista Hugo Chaves e seu dileto discípulo Evo Morales; e sair confiscando Brasil adentro as máquinas de raios-X, tomógrafos e os demais equipamentos de diagnose para complementar o trabalho dos médicos que irão remar nas galés do interior dos rincões brasileiros.

Fico a imaginar a cena fantástica das tropas de segurança nacional a invadir laboratórios e fábricas de medicamentos, em cumprimento ao confisco de suas produções para suprir as necessidades dos postos de saúde e das farmácias dos hospitais.

Pois com a politica de decretar, decretar e decretar e com isso tentar-se em vão resolver problemas crônicos da saúde pública no Brasil, mais cedo ou mais tarde chegaremos a este ponto crítico. A não ser que neste mundo fantasioso que a presidente parece tirar das páginas de Tolkien e Carroll e de outros mais autores de histórias fantásticas, surja também uma nova raça de médicos, dotados de visão de raio-X e com as pontas dos dedos semelhantes ao do ET de Spilberg, em que a ponta se acende, as flores murchas revivem, as dores se extinguem e os mortos voltam a vida.


Mas como toda boa ou má leitura, um livro tem pagina final e se acaba. Já os erros de Dilma tem custado caro não para sua popularidade, pois esta não significa nenhum provento ao brasileiro. Mas o prejuízo à saúde pública é incalculável, e não desmerecendo os autores de ficção, o que mais expressa esse fardo futuro é poeta Mário Quintana que dizia que um erro em bronze, é um erro eterno.
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