Depois de muito tempo pensava que o conceito de família tinha se dissolvido entre as idéias modernas em que pai, mãe e filhos nunca mais se encontrariam para momentos felizes de almoçarem juntos, viverem juntos e socializarem suas vidas e experiências na comodidade do lar.
Já tive em meus tempos, os conceitos de família bem tradicionais, vivencias com pais e filhos e sobrinhos e um dia quem sabe netos.
Hoje considero minha vida mais madura, mais feliz e até mesmo mais promissora que os conceitos tradicionais dos valores familiares.
Almocei muitas vezes no carro enquanto levava minha filha para escola, perdi muitos momentos ímpares da vida familiar, muitos natais, muitas festas em família, muitos, tudo.
Depois que enterrei meu pai, meus amigos e muita gente que hoje não esta mais conosco, resolvi desterrar estes valores e encontrar uma maneira criativa de ter minha família, seguindo meus conceitos e meus valores e não a tábua de eventos seculares existentes no universo desde que Adão deixou o Éden.
Vejo que hoje a família que conquistei, para alguns pode não ser a ótica do tradicional ou até mesmo exótico demais para outros, mas se assim encontrei a felicidade que o convencional modo de vida dos pobres mortais não me entusiasmava me pergunto: E por que não?
Quantos tradicionalistas podem levantar a mão e bater no peito e dizer: Sou feliz?
Acredito que seria purismo se eu dissesse que descobri a pólvora, mas a meu modo acho que inventei mesmo foi a roda, prova viva que a roda viva tem me trazido mais sabores do que a roda parada onde estagnei anos e anos chovendo no molhado.
Acredito em um mundo melhor, não acredito nas pessoas, nem na que dorme comigo tenho o depósito integral do benefício da ausência total de dúvida. Quando se leva muitas quedas na vida, o conceito de tolerância cresce, mas o de desconfiança acompanha.
Mesmo dormindo com os olhos abertos, acho que a melhor maneira de se viver intensamente e ter uma família feliz é encontrando todas as formas de amar e se sentir amado, só assim estamos vivos e iguais a elefantes, sempre prontos para viajar.
Beijos do fim de semana em especial ao meu filho Petico, labrador que aprendi a amar.