Enfim o mundo dá voltas, o cansaço começa a chegar e prevejo o fim de uma era se aproximando. Um ano quase se passou e tantas coisas aconteceram no mundo que nem deu tempo de relatar todas. O mundo tem girado rápido demais e acho que mais irregular ainda depois do terremoto do Japão onde a terra sofreu uma mudança em seu eixo.
Catástrofes, política, guerra ou pré-guerras, coisas boas e ruins, tudo aconteceu nestes quase 365 giros. Sinto que este período de mudanças de era, traga consigo grandes sofrimentos, perdas irreparáveis, na estou dando uma de Cassandra, apenas prevejo meu futuro bem mais conturbado do que de costume, já que ele sempre é conturbado por natureza.
Enquanto me barbeava pela manhã, pensei em algo bem real que me trouxe a tona neste pensamento pessimista sobre o futuro das minhas ações e das ações do mundo. Acho que estamos sintonizados simbioticamente, o que um sente o outro padece e vice-versa.
Em bocas de perder o amor da minha vida, pois meu amor próprio já se foi há muito tempo, me preocupo como vai ser a vida nos próximos anos, já que tenho um pacto de não agressão a vontade divina e me comprometi em não terminar nada antes do tempo regulamentar.
Por incrível que pareça acho que fiquei do jeito que nunca quis ficar. Quando era criança lembro-me de ter participado de uma dessas festinhas de jardim da infância e ter feito parte da dança das cadeiras. Infelizmente acho que fui uma criança frustrada por causa desses episódios, afinal perdi a cadeira quando a musica parou, não tinha malícia nem venalidade, não fui preparado para ficar daquele jeito.
A música parou agora, e apesar de ter hoje toda a malícia e a venalidade que a vida me deu e me fez armazenar para os tempos de guerra, ainda não me sinto preparado para quando ficar sem cadeira. Um trauma de infância que com certeza não cicatrizou, estou triste, sozinho e magoado.
Ai, caramba! Acho que vou me magoar mais ainda hoje, quando a música finalmente parar e u tiver que dizer para todos que novamente fiquei sem cadeira. Isso com certeza para uma criança é plausível, mas para um velho é totalmente inaceitável.
Bear tem piedade de mim!
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