segunda-feira, 30 de maio de 2011

O bom, o mau e o feio

Três homens - o "Bom", o "Mau" e o "Feio" - estão atrás de um tesouro escondido em um cemitério. Cada um deles conhece apenas uma parte da sua localização, o que faz com que eles tenham que se unir. O problema é que nenhum deles está disposto a dividir o que encontrarem.

É mais ou menos assim que consigo retratar a atual conjuntura deste Estado. Um faroeste estrelado em 66 por Clint Eastwood. Onde o "Bom", na pessoa de Camilo Capiberibe, tenta de quase todas as formas (algumas equivocadas) gerir um Estado com severíssimos problemas de déficit econômico, e por má gestão de recursos em gestões anteriores.

O “Mau” continua engastado na pessoa da oposição, que torce sempre pelo “dar com os burros n’água” como se isso fosse um caso isolado e não afetasse o coletivo incluindo assim a própria oposição derrotada por seus próprios atos.

O "Feio" está sendo a própria bancada em Brasília, que de tão distante acabou esquecida e omissa ao clamor da própria terra, mesmo alguns sendo do baixo clero, suas vozes não são ouvidas por medo de tentarem e caírem no ridículo por não saberem falar sem o teleprompter.

O senado por enquanto é uma seara vermelha, temos seu engessado presidente, que pouco lembra do Estado que lhe deu poder por 16 anos. Ou de Gilvam Borges que ainda gasta seu tempo como senador, lambendo as feridas para se manter no cargo após a decisão de que Capi pode voltar.

O caçulinha do senado, como Randolfe Rodrigues ficou alcunhado, ainda que com a cabeça cheia de idealismos socialistas e muita vontade, ainda precisa de um certo jogo político para abrir portas e propor emendas que ao invés de um trocadinho; tragam enfim um progresso real que torne esta terra independente das mesadas e repasses de Brasília para ser feliz.

Enfim, assim como no filme, para tudo na história da vida ela encontra um caminho para seguir.


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