quinta-feira, 2 de junho de 2011

O poder devastador do tempo


Sempre que o relógio toca, um segundo passa. Parece relativamente pequeno o espaço de tempo, mas quando vivemos em função dele, o tempo passa a desempenhar uma função quase carrasca para nós. Cada espaço preenchido por sua impiedosa passagem, nos consome, nos rasga em pedaços cada vez menores que aos poucos se tornam quase partículas sub-atômicas prestes a desaparecer.

Viver em função do tempo tem sido cada vez mais a minha sina, o tempo de amar, de falar, o pouco tempo que resta, o pouco de dinheiro gasto em função do tempo que se esgota e se torna cada vez mais devorador de ponteiros e números.

Enfim, o tempo e suas manias de nos encobrir de rugas de marcas de expressões que cada vez mais nos envergonham em frente ao espelho, de nossas próprias mazelas em função do consumo do tempo, que nos seca, que nos corta, que nos mata.

Qual a um carcará que mata, fere e come. O tempo nos consome, nos destrói. O que mais me deixa confuso é o quanto as pessoas não fazem idéia de que o tempo nos destrói, a falta que um pouco de tempo faz, em função da destruição que ele causa, quando passa e tudo se vai, e os outros nem fazem ideia que o pouco tempo ou o muito tempo que perdem entre decisões e resultados, pode salvar ou condenar uma vida a uma razão de muitos problemas ou da perda dela por que o tempo foi longo e sua espera não podia ser maior.

Assim é o tempo. É como sua amiga morte, devastador e impiedoso, sem nenhum remorço ou sentimento ou zelo pelo alheio, o tempo não é recalcado nem preguiçoso, trabalha incansavelmente ao logo do infinito, com uma única meta rudimentar e impiedosa: Acabar.

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