Em tempos de Sun
Tzu a arte da batalha consistia em guerrear com o inimigo no corpo a corpo
somente se fosse o ultimo recurso a ser empregado, afinal o desgaste seria
profundo nas hostes de ambos os exércitos, afora o fato de alguns generais
serem mais afeitos a estratagemas do que calar baionetas.
Na politica
amapaense tem sido basicamente assim; uso de armas não letais e muita
prudência, com o corpo a corpo que não tarda a acontecer. Assim como nos anos
duros da guerra fria se temia muito que a chamada “guerra de botões”
acontecesse. O pânico e a paranoia de que com um mínimo toque em um botão
vermelho qualquer, se disparasse misseis intercontinentais com alvos
pré-determinados por um despotazinho afetado.
Os anos passaram e
o pânico já não mais paira pelo toque no botão vermelho. A guerra se insurge
pelas linhas de idas e vindas de pios e blogs. O botão que se teme, não é mais
o que aciona mísseis, mas sim a tecla “Enter” que dispara escatologia
propriamente dita.
Sob essa ótica de
guerrilha lamacenta a politica amapaense tem durado. Para não se disparar
nenhum projétil letal, a guerra tem se preocupado em seguir a linha ditatorial
dos pequenos ditadores de repúblicas de bananas: Silenciar os críticos à base
da execração pública, seguindo os velhos preceitos de Platão sobre expor os
defeitos e as deformidades e fazer o ridículo deles.
Enfim a imprensa
amapaense tem tomado golpes um atrás do outro. Com o trabalho de rumo
desconhecido, a “senhora da foice” levou logo três boas peças do intrincado
tabuleiro. Há quem diga que peças de lados diferentes, mas de todo modo,
agentes da imprensa, cada um com seu toque pessoal e suas conjecturas nas artes
da informação. Lá se foram Jacinta, Bonfim e Bezerra. Diz-me que o pano urdido
ainda tem mais nomes, implacável tecelã tem sido a dona morte.
O tabuleiro
autônomo entre agentes da informação do governo, dos opositores e dos ditos
pensadores livres e isentos; coisa que deve ser muito difícil em uma terra que
se parece muito com um poliedro, de tantos lados existentes a não se arraigar
pé em um.
Também se golpeia
os que ainda não golpearam, mas que podem golpear fortemente, como o que
aconteceu com as jornalistas Girlene e Marcia. Que antes mesmo que fosse
possível esboçar qualquer reação, foram varridas pelas tsunamis do rádio por um
súbito interesse de uma emissora nacional querer divulgar seus dances em terras
tucujús. Será que existe conto mais sombrio que esse?
Calar a imprensa é
tática antiga, que ainda funciona muito bem por que jornalista não é
milionário, a não ser que mude de lugar na mesa da redação e copie Marinho e
Murdoch. Coisa que nem todo profissional tem como ambição uterina. Que me diga
meu conterrâneo Lucio Flavio, que ainda peleia com um fantasma que lhe quer
tirar as ceroulas.
Não indo muito longe,
dia desses presenciei ao vivo a cena em que probo diretor de empresa pública
admitiu que se falsificaram documentos sob a égide da fé pública e mesmo assim
para não descer do salto e dar anuência ao destino dos fatos, resolveu
processar o Reginaldo e o Silvio e o programa e a emissora e se estivesse no
contrato social, até mesmo o porteiro da emissora seria indiciado.
Mas recente vem o
ataque direto, coisa que se faz logo pela aplicação de um fato, sob uma leitura
insinuante e algumas pitadas de cor e luz, com números (que o leitor ou ouvinte
ou telespectador adora, por isso politico numérico ainda se elege) e um séquito
de aduladores à “vaca de presépio” se faz de um fato, outro fato que se torna
um grande fato. Assim Alcineia saiu da boca da noite e foi parar na boca do
sapo e na boca do povo maledicente.
Enfim, penso eu
como atento expectador desta novela causídica que; o passo de calar os
críticos, conter os formadores de opinião e perseguir os demais, tem dado
certo, afinal em pouco tempo a mídia deve se resumir a tabloides afetados com
fotos do batizado de algum parente do governador, ou as viagens de férias da
família em compras pela bela Paris ou pela abastada Milão.
A TV deve se
concentrar em exibir programas que insulfla a opinião pública contra qualquer
ação dela mesma contra o Estado de Faz de contas. O rádio pode se sintetizar em programas de louvação extrema, mas não a
Jeová, pois pelo jeito Ele não dá DAS, nem CDS nem CA, nem se quer uma tetinha
no úbere da administração pública.
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