Roda
moinho, roda gigante, roda moinho, roda pião.... Chico tem cada profecia.
E
nessa roda que leva ao final de mais um pleito eleitoral amapaense, o que não
falta é gira-gira entre aliados e adversários, que dormem lado a lado entre
carícias e juras de amor e acordam em litígio na manhã seguinte.
Casos
já históricos de infidelidade, ou até mesmo de coisas indizíveis num artigo
público são corriqueiros nos últimos dias que antecedem o computo das urnas
sobre a vontade popular.
Um
dos exemplo mais dissonantes dessa roleta é quem vai ficar com Dilma. Sabe-se
que pelas bandas da política tucuju, quem iniciou o brado de apoio à candidata
à reeleição, por incrível que pareça, não foi seu partido o PT, mas sim seu
aliado de todas as horas em regime nacional o PMDB e logo em seguida os outros
partidos da base aliada da presidenta Dilma, o PDT e PP.
Sabe-se
que por aqui, giro vai, giro vem o PT comandado pela ala fiel até os elásticos
das “underwear” do partido que governa o estado, demorou a se decidir se
apoiaria sua maior estrela para mais um mandato abençoado pelo papa Luis
Inácio.
Conversa
foi, conversa veio e após ser cortejado com mundos e fundos, o PT estadual foi
para o balaio e lançou até candidatura ao senado, com pompa e circunstância, na
dança de roda promovida pelo PSB, que sabe-se de outros carnavais não ser
propenso a cumprir o que promete.
Mas
o mundo gira e a terra roda, e eis que o avião de Eduardo Campos, candidato do
PSB nacional rejeitado pelo seu partido no Amapá, rodopia sob o litoral
paulista e o candidato faz sua última viagem para o eterno, abrindo o caminho
para Marina Silva sambar.
O
que fez então o PSB tucuju? Antes mesmo da vela do sétimo dia apagar correu
para os braços de Marina e escamoteou Dilma sem dar nem mesmo um roliço
caramelo para o PT estadual, até mesmo por que o avião de Doralice nem sequer
girou a hélice.
E
assim o dilema do giro de casais parece se perpetuar mais ainda, já que depois
de enfrentar esta súbita troca de candidato a presidente, o danadinho PSB
também resolveu mudar sua opção para o senado. Já que o PT não rendeu o ibope
que se esperava. O DEM entrou na roda e veio dançar, para isso claro tendo que
renegar aliados de longa data para abraçar sua nova roda de amigos.
E
assim tem sido, roda moinho, roda pião... candidato ao governo gira gira
aparece como candidato ao senado ou a coisa alguma. Em dez dias a gente tira a
dúvida quando a roda parar de rodar...
Nenhum comentário:
Postar um comentário