A
máxima do título precavem o leitor das agruras pelas quais passou o doutor
Richard Kimble do folhetim “O Fugitivo” o qual Harrison Ford protagonizou na
década de 90 e que conta a história de um médico acusado de matar a mulher, e
contra todas as provas e argumentos que diziam, era inocente.
Já
nem tão semelhante ao caso da ficção americana, temos Lula, que tem passado as
agruras de chegar tão perto da barra da toga do juiz Sérgio Moro, tentando
explicar de todas as formas possíveis não ser dono do apartamento tríplex no
condomínio Solaris, o que tudo leva a crer que foi uma forma de compensação da
empreiteira OAS para dar um agradinho ao ex-presidente que já não se vangloria
de ser a pessoa mais honesta na face da terra.
Embora
o Instituto Lula publique em seu site reproduções de documentos que negam a
posse do polêmico apartamento no condomínio Solaris, no Guarujá, a Luiz Inácio
Lula “Honesto” da Silva e sua família. A entidade, presidida por Paulo
Okamotto, confirmou que o ex-presidente esteve na unidade 164-A, um triplex de
215 m², em uma "única ocasião", em 2014, acompanhado da mulher, Marisa
Letícia, e de José Adelmário Pinheiro, o Léo Pinheiro, sócio da OAS.
Lula
e Marisa foram intimados na semana passada a depor no próximo dia 17 como
investigados em inquérito do Ministério Público Estadual que apura oito
empreendimentos da Cooperativa Habitacional dos Bancários do Estado de São
Paulo (Bancoop) assumidos pela OAS, alvo da Lava-Jato por formação de cartel na
Petrobras entre 2004 e 2014. Um desses empreendimentos é o condomínio Solaris —
também alvo da Operação Triplo X, a 22ª fase da operação.
Em
revolta Lula “O Honesto” chama de "levianas" acusações de ocultação
de patrimônio, mesmo tendo visitado ele e sua esposa, as obras do apartamento,
como se fiscais de obras fossem, já que a pergunta seria: o que faziam lá senão
tem ligação como imóvel? Caridade para o CREA?
Desde
que surgiram suspeitas na relação do triplex “sem dono” com a família Lula, o
instituto do ex-presidente vinha divulgando notas afirmando que o petista e sua
família nunca adquiriram o apartamento em si, mas uma cota-parte da Bancoop
para aquisição de um imóvel no edifício, e que, posteriormente, desistiram da
compra.
O
promotor Cássio Conserino afirmou que viu incoerência nas informações
apresentadas. E o Ministério Público paulista, avalia que as informações
corroboram os indícios de tentativa de ocultação de patrimônio.
Para
servir de linha de frente na defesa de seu patrono, o Instituto Lula, que ao
que parece só tem uma finalidade: defender o próprio Lula! Lançou seus
papelórios, os chamados: "Documentos do Guarujá: desmontando a
farsa", afirmando que a família do ex-presidente desistiu no ano passado
da opção de compra do tríplex 164-A no condomínio Solaris "mesmo tendo
sido realizadas reformas e modificações no imóvel (que naturalmente seriam
incorporadas ao valor final da compra)", por causa de "notícias
infundadas, boatos e ilações que romperam a privacidade necessária ao uso
familiar do apartamento". A reforma no imóvel de 215 m², contratada pela
empreiteira OAS, custou R$ 777 mil.
O
texto, compartilhado neste domingo pela página do instituto no Facebook, afirma
que "adversários de Lula e sua imprensa tentam criar um escândalo a partir
de invencionices".
A
entidade voltou a criticar a decisão do promotor de intimar Lula e sua mulher a
depor como investigados. "Além de infundada, a acusação leviana do
promotor desrespeitou todos os procedimentos do Ministério Público, pois Lula e
Marisa sequer tinham sido ouvidos no processo."
Devaneios
a parte, Lula parece ter cometido um erro crasso ao testar a paciência do Ministério
Público com a demagógica declaração de que “não há nem um ser vivo no Brasil e
no Mundo mais honesto que ele”. Algo que agora parece ser uma questão de honra,
não mais só para a oposição, mas para o pacote inteiro que foi citado ser menos
honesto que Lula, “o sem tríplex”.
Aguardemos
o desfecho desta novela, afinal Richard Kimble era inocente ao final de tudo o
homem sem braço tinha realmente matado sua mulher em uma trama rocambolesca.
Mas no caso de Lula “o honesto sem teto”, o revés parece ser bem menos
emocionante do que a trama do cinema, já que Sergio Moro e o Procurador Cássio
Conserino não lembram nenhum pouco Tommy Lee Jones, o algoz de Kimble.
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