sábado, 5 de fevereiro de 2011

Longa vida ao rei das cordas


Enfim, mais uma legislatura começa, e com ela novos horizontes, novos?
A primeira mulher presidente do Brasil começa um ano atípico, herdando do seu antecessor uma calmaria que me cheira suspeita, até que a primeira bolha estoure e enfim vejamos se dona Dilma realmente é tudo o que se pensou durante a campanha.

Enquanto isso Lula aceita ser presidente de honra do PT pela enésima vez. Nada mais justo, até mesmo por que seria descabido para todos e injustificável para a nova chefa de estado explicar o que um ex-presidente faria dentro do planalto a não ser lobby para a nova gestão (leia-se lobby o titereiro).

Mas Lula não tem toda essa capacidade de manobrar as cordinhas, na verdade esse papel se deve ao último senão o quase jurássico Coronel Sir Ney of Congress.

Pela quarta vez o velho coronel volta a sentar na cadeira quase bicentenária de presidente do senado e do congresso. Amealhando uma vitória fácil, onde seu oponente apesar da pouca idade e da falácia socialista não teve páreo para pelejar com o dono do Maranhão e de parte do Amapá venceu um senador amapaense por 70 a 8.

Em seu primeiro discurso após a eleição, Sarney prometeu colocar as coisas no seu devido lugar. Acredito que ele deva ter se esquecido dos inúmeros escândalos promovidos no senado por seus parceiros e até parentes em vários casos que ganharam ou não a repercussão da mídia.

Dizendo que será um grande "sacrifício" ficar neste posto por dois anos, Sarney deixou claro, ao lado de Dilma, (só ao lado mesmo), que vai devolver ao congresso o poder e colocar o executivo em seu devido lugar.

Fala dura, para quem estava ao lado da presidente da república. Mas para quem já empurrou dois ministros goela abaixo da antiga ministra da casa civil, isso não é mais do que uma delicadeza à moda de Sir Ney.


Com um choro comovido (acho que poderia ser cristal japonês). Sarney disse que esta será sua última legislatura. Acredito que o velho coronel já não tem mais como mandar dinheiro para paraísos fiscais com a atual conjuntura e já deve ter o suficiente para a aposentadoria quase que compulsória.

Em 2009, Sarney respondeu a 11 pedidos de cassação de seu mandato no Conselho de Ética do Senado no escândalo conhecido como o dos "atos secretos", em que a Casa omitiu atos tomados pelo seu comando.

Sem mencionar o escândalo, disse que sua "honorabilidade e conduta pessoal" jamais foram questionadas. "A ética para mim não tem sido só palavras, mas exemplo de vida inteira", afirmou.

Tomaram posse 54 senadores eleitos em outubro. A Casa tem 81 membros e a maior bancada é do PMDB com 20 seguida pelo PT, com 15. PSDB e DEM, partidos da oposição, têm 16 senadores cada um.

Enfim, longa vida ao rei e sua corte de bonecos de pano.

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