segunda-feira, 11 de abril de 2011

General Les, o encurralado


Os dias tem sido cada vez mais problemáticos quando se decide viver sob pressão intensa e ainda mais quando se coloca mais pressão dentro da panela. Fico imaginando se isso é bom ou ruim, afinal a vida tem sido cada vez mais agitada de tensões e o corpo cada vez mais tem mostrado sinais de cansaço da luta constante, quase como se pelejasse duas, tres vezes por dia, com um batalhão que tem apenas um objetivo: Me derrotar.
Tenho me recusado a ceder, as pessoas tem cada vez mais ferramentas e como eu disse, cada vez mais fico cansado de batalhas de onde somente meu corpo alquebrado sai violentado e combalido e meus oponentes tem tido cada vez mais vitórias e eu cada vez mais cansado para batalhar.
Penso todos os dias que estou começando a amolecer, que estou ficando mais dócil e mais burro, que cada vez mais a malícia alheia me passa despercebida por onde antes enchergava rios de traição e de conspiração. É o mal de quem acha que já viu tudo.
A crueldade que tenho enfrentado me coloca na defensiva, afinal entrar em confronto direto é quase sinal de fraqueza absoluta e isso não psso demonstrar diante de meus oponentes, ainda não levantei a bandeira branca, mas após sucessivas derrotas creio que será uma questão de tempo até que meus ferrenhos opositores acabem me capturando e me colocando finalmente na jaula prometida do ostracismo ao qual sei que tenho reservas.
Até mesmo os inimigos mais antigos ainda pelejam para me degolar, seu ódio mortal levantado há oceanos de tempos ainda não se aplacaram nem tem indícios de se apagarem com o tempo. Ainda tenho estado mais tenso e mais cansado, me faltam as ferramentas que tanto utilizei nas artes da guerra, não sei mais dissimular, nem trair. nem mentir e nem tenho mais forças nem soldados suficentes para guerrear. Acho que estou no limiar em que Sun Tzu colocoria como acuado, encurralado. Mas ainda conservo as artes da guerra, acho que por isso ainda estou no campo de batalha, quase que esgotando os últimos recursos, carros e soldados em uma guerra secular que pareço estar perdendo campo finalmente.
Parece que agora ou a guerra termina comigo ou eu encontro de vez uma forma de acabar com ela, nem que seja me rendendo, levantando a bandeira, aceitando as amarras e me decidindo de vez a enfrentar os anos de desterro e de cárcere aos quais tenho direito pelos anos de guerras a fio que beligerei com todos que um dia foram aliados e amigos.

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