segunda-feira, 6 de junho de 2011

A barca dos fariseus


A maré está em preamar, os primeiros apitos começam a soar no céu, sabe-se lá que destino se reserva na próxima atracação. Lembro-me das palavras do personagem de Di Caprio em Titanic: "O importante é ficar o máximo de tempo possível no barco".

A vida também trabalha na mesma filosofia, ficar o máximo de tempo nela, deixar todas as oportunidades passarem e se apossar delas o máximo de vezes que for possível, não esmaecer ante as dificuldades, aguardar pacientemente o tempo de cada coisa, mesmo que para isso sejam necessários sacrifícios quase sobre-humanos.

Estes tempos bicudos tem sido de grande espera e também de grandes esperanças, temos apenas que esperar o tempo certo de estarmos no lugar certo, com as pessoas certas. Um grande amigo me disse uma vez que o importante é estar sob árvore que dá frutos.

Hoje mais do que ninguém percebo o quanto isso é uma verdade solitária, pois sempre me recostei à sombra de arbustos infrutíferos e isso hoje me custa caro. Apesar de Jesus em suas peregrinações ter andado com os publicanos e fariseus, isso fazia parte de sua vida missionária, dar auxílio aos desvalidos e sem o conhecimento da palavra da salvação.

Não sou o Cristo, embora seja um dos 7 bilhões de filhos de Deus, não devo esperar as mesmas benesses que Ele em sua missão. Tenho a minha e a duras penas tento desempenhá-la para que encontre um futuro promissor em que me seja possível estar com a felicidade próxima de mim e a vontade e a garra de viver e ser feliz sempre no meu encalço.

Vou à luta, que Deus me ajude, que minha caminhada seja frutífera e que meus sonhos não se afundem no mar gelado em que a sensação de mil agulhas penetrando a carne passe logo e não volte.

Já fui fariseu o suficiente para compreender a importância do EU e do TU quando me curvo a necessidade de pedir o auxílio do Criador.

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