terça-feira, 5 de julho de 2011

4th jully Down


4 de Julho nos Estado Unidos é coisa séria. O vermelho, azul e branco tomam conta das ruas e calçadas. Bandeiras para todos os lados, estrelas e símbolos da Independência espalhados por vários lugares, uma festa própria da cultura gestada nesta porção de terra chamada Estados Unidos da América. Verdade é que muitos brasileiros ficam decepcionados com a dita "festa", afinal sempre esperamos festa popular parecida com o que vemos no Brasil, barulho, alegria e euforia, todo mundo estravazando sem preconceito. Mas as coisas são um tanto "mortinhas", claro que há fogos de artifícios, celebrações, mas muito longe do ritmo verde-amarelo lá do sul do hemisfério.

Talvez isso signifique seriedade e respeito pelas coisas da pátria, ou simplesmente a maneira norte-americana de celebrar suas datas. Mas apesar desta postura, a lição do 4 de Julho é universal, serve para brasileiros, mexicanos, argentinos, europeus, africanos e todos outros povos que sabem o valor da independência. Poderíamos, aqui neste espaço, levantar dados históricos, traçando assim um paralelo, uma comparação entre a história americana e as demais do continente, citar datas além da de 4 de Julho de 1776, buscar momentos em que pudéssemos descobrir porque este lado das Américas deu certo. Porquê Estados Unidos e Canadá alcançaram a posição de riqueza, enquanto as demais nações, com passados semelhantes, permaneceram no atraso e subdesenvolvimento.

Mas quem acompanha os jornais e a vida cotidiana, bem sabe as demonstrações de maturidade e independência nas atitudes deste povo e seu governo. O caso do menino Eián, que envolveu do presidente do país e sua secretária de justiça (equivalente ao ministro brasileiro) até altas esferas da diplomacia local, resultou numa demonstração de respeito as instituições e as autoridades. A lei e a lógica sempre estiveram na direção da decisão tomada, e assim foi feito, Elián voltou a Cuba e a outra parte mesmo protestando acatou a decisão das autoridades. Outra grande demonstração de força e independência, algo não muito comentado na imprensa em português, foi a prisão e condenação da "prefeita" de Hallandale. Em pouco mais de 6 meses, averiguou-se, julgou-se e condenou-se uma mulher eleita para o cargo que ocupava. Sob as acusações de mandante do assassinato do esposo, perjúrio e falso testemunho, foi sentenciada, e aguardará na cadeia uma última acusação de fraude aos seguros. Bem parecido com os fatos no Brasil, não é?

4 de Julho serve para isso. Para que reflitamos e aprendamos como se fazem as coisas por aqui. Como se forjam a justiça e o respeito ao cidadão. Talvez seja esse o motivo desta comemoração um tanto tímida aos olhos brazucas, a comemoração da Independência dos Estados Unidos da América, ainda traz viva conflitos e discordâncias de um povo e sua elite. Mas que apesar das diferenças e da história que ainda pulsa, os valores de respeito às suas instituições e os limites de cada um são alvos de muito debate e que poucos tem a ousadia de questionar. Muito ao contrário da realidade na maioria dos países da América do Sul, em especial da nossa pátria verde-amarela.

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