quinta-feira, 24 de novembro de 2011

O Poder paralelo vem aí!

Não sou muito partidário das politicas do PMDB, talvez muito pela presença de José Sarney neste partido que chega a um estágio decanato sem ter lideranças a frente do poder há muito tempo. O partido tem se contentado em se servir de base para a administração pública, como acontece atualmente na dobradinha Dilma-Michel Temer.

De um bom tempo até hoje, o PMDB deixou de ser governo para se assentar no papel de poder paralelo. Não só Sarney, como Michel e até Jader Barbalho tem adotado essa política de comer pelas beiradas o prato de sopa quente que o PMDB parece querer que outros assoprem primeiro.

No Amapá também temos o mesmo comportamento, como se fosse uma diretriz nacional. O PMDB por aqui também parece seguir a linha de paralelismo. Não senta-se no setentrião, pelo menos desde que as eleições passaram a diretas, pelo voto popular. Também não sentaram-se na prefeitura. Talvez pela conveniência de apenas estar presente.

O certo mesmo é que o PMDB assumiu esta imagem de apoio ao governo ou de oposição ao governo, conforme a realidade de cada região. Bem diferente da era do Governo Sarney, quando em troca de concessões de rádio e TV, o ex-presidente conseguiu empossar 98% dos governadores de estado em todo Brasil pelo selo de seu partido o PMDB.

Ontem o ainda Senador Gilvam Borges, resolveu sair do silencio. Estando a quatro sessões de ceder a vaga a João Capiberibe, de quem é adversário político e desafeto pessoal. Sereno em suas considerações, foi feliz em todas elas, inclusive na mais contundente: “Vamos formar um governo paralelo!” .

Prometendo mostrar ao governo PSB como se realmente governa sem demagogia e sem firulas. Que basicamente é o que tem acontecido nos últimos 11 meses. Uma série de desventuras e desmandos fazem com que o atual governo, aos poucos venha se despindo das muletas, como falta de dinheiro, falta de gestão e culpa dos governos anteriores.

O tempo tem mostrado que tais fatores não são o cruel vilão que responsabilizados pelas faltas do governo PSB são o amparo público para a inépcia do governador em realmente gerir as ações diretas e de crescimento do Estado. Em breve, o lema deixará de ser “Dinheiro tem, só falta gestão!” ou “As dividas do governo anterior engessam as ações de crescimento do Amapá!”.

O festival de lambanças, na tentativa de tentar fazer a coisa certa do modo errado, levam Gilvam ao pensamento de que o governo estadual praticamente tem sido gerido por uma junta governativa do que por um único indivíduo eleito para tal. Que o Senador chama de “Hierarquia do poder”, onde ele relata que o governador é o último na linha de comando.

Gilvam não esclareceu de que forma fará, mas foi enfático em dizer que 25 mil casas populares de bom padrão serão construídas no Amapá. Segundo ele, sua influencia como político no senado será relevante para dar uma lição de gestão ao governo PSB. Além das casas, Gilvam também anuncia obras necessárias ao estado.

Instalando o governo paralelo e começando uma cruzada para destituir o atual governo nas urnas em 2014, Gilvam também aposta na prefeitura de Macapá com uma provável aliança já tradicional com o PDT. Faço votos para que Gilvam realmente consiga mostrar que não se precisa estar no poder para fazer o que se deve fazer. Talvez assim, não só Sarney como Camilo aprendam que o poder não está no cargo, mas sim nas ações e na vontade de desempenhá-las. Vamos aguardar Gilvam.

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