quarta-feira, 23 de novembro de 2011

A vaca malhada vai para o abate

Esta era a premissa do império romano vigente no áureo período em que Roma era o mundo. Hoje com a globalização, tanto os Césares quanto Bonaparte ou ate mesmo Adolf, teriam sérias dificuldades em empreender a cruzada Alexandrina de conquistar o mundo.
No Pará não tem sido diferente. Dois políticos eleitos por estados que o próprio Pará às vezes desconhece, entraram com um pedido um tanto inusitado na Câmara Federal: Dividir o Para!
Retalhar a vaga gorda afim de se esbaldar com as costelas! Um desejo bem escuso de outros políticos paraenses que com certeza não quiseram se indispor com o eleitorado para não serem taxados como separatistas oportunistas, mas depois do voto aprovando o tal plebiscito, agora podem posar de separatistas, pois o formigueiro já foi atiçado.
Os resultados disso com certeza serão pouco produtivos no que tange a resultados, afinal isso abre precedentes separatistas para um País em que os termos iniciais da constituição pregam a indivisibilidade da nação.  A Cisplatina e o Rio Grande de Bento Gonçalves que o digam.
Lembro-me que o Território Federal do Amapá, onde morei por alguns anos e voltei a morar atualmente, foi transformado em Estado com a Constituição de 88, mas isso não o fez resplandecer em desenvolvimento e distribuição de riquezas como se prega em movimentos de criação de novos Estados e Municípios, e ainda o faz ser extremamente dependente do Governo Federal e muito pouco desenvolvido devido a essa comodidade de receber mesada.
Os separatistas tocantinos, terras por onde andei quando Siqueira Campos estava no primeiro mandato. Quando desmembrado de Goiás, apresenta graves problemas socioeconômicos segundo o Senso do IBGE/2010.
Seria um grande fardo econômico e muito pesado para o País sustentar mais duas novas máquinas administrativas apenas para suprir desejos egoístas de uns poucos políticos que não tem vez na região como um todo em seus sonhos de gloria. Mais caciques do que tabas para tocar.
Ao invés disso, o povo precisa de mais investimentos na educação, saúde, transportes, habitação, segurança e saneamento básico, coisa que dificilmente acontecerá quando Pará for fracionado em partes nanicas que sonham com os royalties do minério milagroso, mas que assim como no Amapá, o sonho acabou e deixou um rastro de destruição e pobreza e uma cratera em Serra do Navio providencialmente deixada como suvenir da exploração descompromissada de minério.
Devemos sim melhorar a qualidade dos nossos políticos e não aumentar sua quantidade. Talvez o recado sirva para a AL do Amapá, quanto ao famigerado projeto que por ora está parado, mas que ambiciona criar mais 15 municípios no Amapá. Talvez mais algumas tetas na vaca já tão castigada pela pirataria que a espoliou.


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