segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

A alma de Mardi Gras

Um jejum de um ano. Este foi o tempo necessário para que as escolas de samba do carnaval amapaense levou para evoluir das alegorias toscas à base de papel marche, crepom e cartolina. E aposentar os babadinhos de TNT que tanto identificavam um carnaval de quinta.

O espetáculo exibido nos dois últimos dias só tem duas palavras que possam resumir tudo: Superação e Energia. Sou muito sensitivo à energia humana, sinto os choques que me atravessam quando o Círio passa, e senti o mesmo, nos dois dias de desfiles na Ivaldo Veras.

Mesmo com todos os problemas provocados na sua maioria pela incompetência de Orlens Braga e companhia, a frente da LIESA, que de carnaval parece entender tanto quanto de bordado russo. Quanto de Ivana Antunes que foi nomeada diretora geral do carnaval pelo Governo do Estado, mas que teve papel tão fundamental quanto açucareiros em encontro de diabéticos.

Com um orçamento de R$ 2,5 milhões, administrados pela LIESA e repassados em parte para as escolas de acordo com os percentuais estabelecidos. Mais uma vez, nos mesmos moldes da Expofeira, provou-se que de eventos, GEA deve contribuir apenas com o financiamento público, já que gestão, que deveria ser o exemplo de primor, tão propagado na campanha eleitoral, ainda é algo que deixa muito a desejar.

O exemplo de sistema de carro som, avariado no início do desfile do Piratas da Batucada, mostra o despreparo de uma entidade que deveria ser o exemplo de profissionalismo neste segmento. Mas o presidente da LIESA perdeu mais tempo e dinheiro com advogados tentando fazer prevalecer sua vontade pessoal em punir a agremiação (marca registrada deste Governo), que se esqueceu de zelar pelos detalhes e pontos principais do evento que se predispôs a coordenar.

À luz de grandes e pequenos detalhes, se pergunta o porquê de tanta falta de preparo, que em alguns momentos exaltou um amadorismo rocambolesco, que às vezes fazia rir, pois quando se compra um camarote por exemplo, se espera que haja estrutura para tal, mas até as pulseiras de identificação dos presentes esqueceram-se de comprar, fazendo uso de pulseiras de um show de pagode anteriormente ocorrido no sambódromo.

Como uma marchinha de carnaval, focando os pontos fracos da LIESA quanto dos moldes dos desfiles de blocos, que deveriam ser levados para as ruas onde é lugar de bloco e não como produto fechado ao estilo micareta de ser, o que não cabe aos blocos. Salve a Banda, que não se deixa meter o cabresto e continua livre e leve e solta como deve ser. Pena que só por uma tarde.

Alvissaras à beleza e a luta dos Piratas da Batucada, que os céus azuis como os avatares do Unidos do Buritizal, se mesclem como a técnica trazida pelos parintinenses que abrilhantaram o Solidariedade e emprestaram a magia do Boi Bumbá amazônida do Império da Zona Norte, Fazendo justiça e trazendo brilho do Emissários da Cegonha. Abrindo os caminhos de uma terra que já tão castigada que agora mostra sua beleza no Encantado Vale do Jarí do Piratas Estilizados, os perfumes do Império da Zona Norte, o chamado de Fernando e Osmar para o Tumucumaque das alturas do Boêmios e a beleza que representa todas as belezas independente dos olhos de quem vê do Maracatú da Favela.

Habemmus Momo!!!

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