quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

O cego só crê no que toca. Nunca de que vai ver novamente

Na inauguração da sede do Governo Paralelo no bairro do Buritizal, foi possível perceber o quanto das necessidades e anseios de maneira geral, deixam de ser supridos pelos canais oficiais da governança. A presença de prefeitos e vereadores do interior mostrou-me o quanto o Amapá tende a se desenvolver e o quanto está atrasado nesta meta, visto que com 16 municípios isso ainda não foi possível.

O Pará com seus 144 municípios passou e ainda passa por apertos econômicos, mas não tantos em cima de municípios pobres, criados à revelia da realidade sem nenhuma estrutura, apenas para satisfazer a avidez política de certos indivíduos, que não mais satisfeitos em criar novas unidades municipais fadadas à politica de miséria e pobreza, queriam dividir o Estado em torrões promissores.

No Amapá a situação não e tão terrível assim. A divisão em si não é geográfica, mas humana. As ideologias que muitas das vezes são usadas como escudos divisores de águas são facilmente colocadas ao escanteio quando os interesses pessoais ultrapassam a linha territorial da vaidade de cada um.

Mesmo criticado ao extremo, o Governo Paralelo, não vem ser um clamor isolado de Gilvam Borges para um anseio pessoal de poder. Mas sim uma forma de abertamente expor uma oposição útil, não um piquete em porta de repartição ou uma caminhada com um trio atrás dela. Coisas que tem um grau de inutilidade extrema por serem inócuas. Planejamento e ações. Este é o mote da proposta do Governo Paralelo. Sonhos são um futuro e não um presente, no presente não se sonha, se faz a realidade acontecer.

Por muitas vezes ridicularizados e até mesmo tachados de alienados. Somos democráticos em aceitar as críticas de onde quer que venham. Mas ao lembrar-nos das ações que tanto a Assembleia Legislativa quanto as ações do terceiro setor, como o IJOMA, por exemplo e do Governo Paralelo, vemos que cada vez mais a sociedade tem encampado as ações que por desígnio constitucional deveriam ser da alçada do poder executivo.

Cabe lembrar aos críticos, que não se propõe usurpar o poder de um governo legalmente constituído pela ação do sufrágio popular, mas sim somar-se a este e apresentar soluções onde a ausência de capacidade técnica tem sido premissa corrente a marcar e rotular a administração do executivo estadual. E também executar as ações, quando o governo oficial não se predispuser ou não for competente para realiza-las.

Não vamos nos envolver na seara do litígio nem nas águas da discursão, embora as ações que beneficiem diretamente a população quando clamadas, serão executadas. Não nos furtaremos ao papel de desempenhar tais ações e fazer valer a cidadania que nossa carta magna nos contempla. Mas que muitas das vezes é abnegada pelo governo oficial. Em que a população que não tem acesso a nenhum benefício social padeça nas camas de hospitais estrutura calamitosa, ou se submeta a uma educação paliativa, onde os servidores não são valorizados ou por uma segurança pública ausente, de onde não basta ter um grande exército, mas sim bons generais.

Ressalto que o litígio e a discussão nunca deixarão de acontecer pelo caráter específico dos que neste momento detém as rédeas da gestão pública e ainda assim sem conseguir atender as expectativas do já assumido, anseia por mais e demais poder.

Não vamos medir esforços para fazer com que este plano de governo; escalonado para curto, médio e longo prazo, sempre estará maleável para aditivos de necessidades prementes que venham a chegar ao conhecimento de sua liderança serão ouvidos e dado será o destino apropriado para sua resolução.

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