sábado, 7 de abril de 2012

Na Fortaleza não há fantasmas, só esqueletos...

Com o desenrolar dos fatos, as coisas vão ficando cada vez mais obscuras em vez de esclarecidas no que concerne à vida do governador do Amapá e família. Uma espécie de guerra politica se estabeleceu como em nenhum outro tempo no Estado. Algo como não se via nem mesmo quando o adversário do grupo politico do PSB era adversário direto do atual presidente do congresso e senador pelo Amapá, José Sarney.

Capitaneado pelo também senador João Capiberibe, o grupo socialista cada vez mais acirra a batalha contra quem quer que possa barrar o caminho do “trator socialista” que recebeu óleo por uma sucessão de fatos benéficos, como a operação mãos limpas, que afastou qualquer chance de continuidade do grupo que estava; a se manter no poder, visto que o estrago politico foi enorme, quando grande parte dos acusados foi presa durante a operação conduzida em pleno período eleitoral.

De lá para cá as coisas tem tomado proporções que fariam Homero e Dante coçarem os cocurutos a pensar se não poderiam ter escrito tal epopeia, quase rocambolesca, mas que de vez em quando toma formas de pura pulp fiction.

Programas humorísticos visitam o Estado, para fazerem o papel jocoso que um dia Alexandre Garcia fez com maestria, quando tinha um quadro “Nos bastidores da noticia” no noticiário global.

Ora golpe, ora contra golpe, Vê-se a farta coincidência de que a mídia nacional tenha tanto interesse por uma terra que tem cada vez mais alimentado seu cancioneiro anedotário, quer por notícias como as que tomaram conta do mundo quando as prisões começaram, quer por noticia mais infame, quando que por uma lei como a “Ficha limpa” tenha ajudado a empossar um senador que foi comprovadamente cassado por compra de votos e ainda faz questão de omitir este dado em sua biografia, erguendo-se como arauto da moralidade.

Em seguida vem timidamente a equipe do Fantástico, passa alguns dias, toma algumas imagens da vistosa Fortaleza de São José e alardeia estar aqui para reportar a história de um fantasma que nunca existiu.

Duas semanas depois parece que o “negócio firmado”, vem-se a equipe inteira com câmeras e repórteres a tentar filar o crème de la crème de uma noticia requentada da verba indenizatória, que qualquer amapaense conhece e da qual, pelo direito divino da democracia, acordam ou discordam do valor da rubrica que é sempre mal interpretada quando lida no geral e não nas entrelinhas.

Claro que para não transparecer tendenciosidade, mescla-se o fato puro com algumas notícias requentadas de outras casas país adentro. E pronto, temos o fato: Escandalizemos o povo! Mesmo que o povo seja malhado, a intenção é a hegemonia de um poder transparente, que de nada popular tem.

Agora vem a revista Época, que pelo pesar dos pesares faz parte do mesmo grupo global, mas pelo jeito as mãos das “arraeas” não têm influencia sobre o semanário, então pulula uma noticia sobre uma investigação federal que se depara com 35 contas bancárias sob a égide do CPF do governador do estado.

Nada que provoque a justiça, mas no mínimo esdrúxulo para movimentar tão modesta quantia de renda de proventos. Mas vale lembrar que de pequeno que se chega ao grande. Uma lei da natureza. Foi assim, por exemplo, que os “Anões do Orçamento” foram descobertos não pela Branca de Neve, mas pelas contas bancárias que levaram a ruína política, os moribundos Ibsen Pinheiro, Genebaldo Correa e o falecido João Alves, aquele que “Deus ajudou e ele ganhou na loteria dezenas de vezes”.

Panaceia ou não, a mídia deve mostrar o que veio coletar e esclarecer que os arautos da moralidade tem sempre um esqueleto no armário; seja ele grande ou pequeno mas nunca invisíveis nem transparentes.

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