Cada
um procura um canto, um ponto, um espaço para se acomodar. Seja grande pequeno,
novo ou velho, sob um calor escaldante, eles aguardam a chegada da rainha.
Cada
um faz sua devida oração, para um canto para um espaço, para uma graça ou
benção, não importa, o que importa mesmo é que serão ouvidos.
Vejo
que sempre nos reportamos a Ela como advogada dos pecadores, a misericordiosa
que move multidões para amá-la e saudá-la, afinal “Ela acreditou” e por isso
ascendeu aos céus ao lado do pai e junto ao filho que gerou em carne para que
pudesse ser imolado e em seguida adorado e amado pelos cristãos.
O
Deus amado e grandioso em sua sapiência infinita não poderia ter nos dado maior
presente do que Seu amor grandioso e por nos ter tornado crianças afim de que
pudéssemos ter o reino dos Céus, e por que não uma mãe para nos acalentar em
nossas vicissitudes e sofrimentos, uma mãe cuja temperança e o amor transcendem
todo e qualquer amor banal.
Talvez
seja por isso, que não importando as condições climáticas, a sede e a estafa.
Mas tendo-se a fé que a Virgem de Nazaré em forma de uma pequenina imagem
peregrina exsuda em cada um dos mais de dois milhões de romeiros que desembocam
no grande rio que corre nas ruas da bela Belém, não pode ser em vão.
Assim
como a busca pelo balsamo da sombra das samaumeiras enquanto se aguarda a
chegada triunfante da rainha ao pouso temporário de uma quadra que ocupa
soberana há mais de dois séculos.
Salve
Maria de Nazaré!
Feliz
Círio.
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