sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Cara de palhaço, pinta de palhaço...


O ministro Ayres Brito deu uma dentro. Com a suspensão do artigo da lei eleitoral que suspende a decisão de que os humoristas não poderiam fazer piadas dos candidatos à eleição. O texto em si já é uma piada, afinal uma das grandes escadas do humorismo é o político caricato, que serve muito bem para este propósito como a grande piada, os eleitores acabam de vez em quando colocando figuras que maios tarde se tornarão piada.
Quem não se lembra de Severino Cavalcante, o rei da propina das quentinhas no congresso? Foi eleito sem a ajuda dos humoristas, mas depois que como uma grande piada assumiu a presidência da câmara e se tornou com seu jeito rude o motivo de chacota no Brasil, ganhando até uma capa da revista Veja com coroa de rei.
Prova viva de que os humoristas não ajudam a fazer propaganda política, mas contribuem com as idéias dos filósofos gregos: "aponte seus defeitos, ria suas deformidades de forma a que o riso se desencadeie a apontar o ridículo de cada ser humano".
Bem sacado para quem viveu há mais de mil anos, quando a propaganda eleitoral se resumia a um pai indicar um filho a um cargo público e nada mais, sem leis capengas que tem a falsa pretensão de moralizar um processo, quando sabemos que ela foi elaborada mesmo é com a intenção de blindar os políticos do ridículo, como forma de desumanizar os mesmos.
Ainda bem que se caiu no bom senso de que em tempos de eleição, o bom mesmo é rir das piadas dos humoristas quando ridicularizam os políticos, e rir deles mesmos tentando posar de sérios no horário eleitoral gratuito, fazendo promessas que são as verdadeiras grandes sacadas do humorismo.

Bom fim de semana a todos e fiquem com Deus!

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