quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Hermes, Afrodite e a política brasileira


Não faz nem dois meses que a primeira mulher na história desse país, se tornou presidente da república. Na verdade por uma série de fatores que fizeram com que o eleitor não optasse nem por Serra e nem por Marina, colocaram a ex-ministra da casa civil de Lula na sala numero 01 do 2º andar do Palácio do Planalto.

Dilma por enquanto não tem tido problemas para administrar o feudo do PT por enquanto. Mas sua primeira chancela tem sido a rusga com a bancada aliada e oposicionista pelo valor do mínimo. A força sindical que sempre esteve a beijar a mão de Lula nos últimos oito anos se vangloria que o presidente só saiu com uma aprovação de 83% por que andou de mãos dadas com as corjas sindicais.

Realmente, Lula fez de tudo em sua lambança populista, beijou a mão e se deu para beijar e correr para o abraço. Soube fazer direitinho o que ele jura de pés juntos que nunca fez: Bancar o Getúlio - pai dos pobres e desassistidos.
Realmente não posso mais crucificar Lula, afinal ele já deixou o poder... Opa! Deixou?

Ontem Lula deu uma entrevista, sendo ele uma das estrelas do fórum mundial que acontece no momento. Mas a fala de Lula não foi bem uma fala de ex-presidente. Mas sim quase que um recado do tipo: "Ei! Ela esta sentada na cadeira, mas vocês ainda respondem a mim!

E c´est fini. Sinto-me bem, agora que estamos morando em uma indecisa democracia. Afinal houve há alguns anos um plebiscito para decidir se o Brasil queria ser monarquia ou república, presidencialista ou parlamentarista.

Acredito que no fundo da história, os rumos quase que se perderam. Temos um sistema em que temos uma rainha que posa de presidente, mas só serve para as fotos de estado, não manda em nada. E um primeiro ministro que atua nas sombras, quase que eminência parda, ditando regras e não se acostumando a vida de desempregado e ex-estadista que pelo jeito foi essa a pecha que levou consigo.

Enfim isso me lembra muito a história do mio hermafrodita, onde dois deuses se uniram para formar um híbrido indivíduo com a personalidade de ambos, o que não parece acontecer com nosso hermafrodita tupiniquim. Afinal um não tem personalidade e o outro tem até demais com seu senso de humor metafórico ultrapassado.

E eu que pensava que Tancredo Neves no seu afã de sobrepor as cercas da luta política na época, tivesse sido o único primeiro ministro que o Brasil teve, nos anos em que o brasileiro ainda não tinha personalidade nem vontade.

Atualmente o brasileiro tem mais crises de identidade para se preocupar, afinal não sabe quem é seu real presidente, continua não tendo nem personalidade nem vontade própria pelo andar da carruagem. E ainda tem que ficar se perguntando se elegeram Dilma ou Roberta Close para presidente.

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