terça-feira, 6 de setembro de 2011

Cão sem dono

Como de costume, acordo cedo e faço meus alongamentos matinais e escuto o radio, para ver o mundo lá fora. Particularmente costumo ouvir o programa de dois jovens antipáticos que tem um programa chamado "O Troco". Apesar de não comungar da política local, como estrangeiro, em terras tucujús, não costumo me furtar à dádiva da opinião.

Particularmente, não sou afeito aos mimos da ditadura, de onde não se podia se quer olhar torto para uma autoridade. Mas daí a levantar o desrespeito a uma data importante para o civismo brasileiro, como palco político do descontentamento popular, é sinceramente uma idéia no mínimo "brasileira" demais.

Com tantos momentos para se manifestar, gritar, vaiar ou simplesmente manifestar sua opinião pessoal sobre o conceito do governo, é válido. Qualquer pessoa pode adentrar o Palácio do Setentrião e marcar uma audiência com o Governador, não estou defendendo o Camilo, mas de todas as vezes que fui até lá, falei com ele, ou com quem tinha ido falar e eu nem sou famoso.

Mesmo não sendo amapaense, (mas sou eleitor aqui), me dou ao direito de dizer sim: -Governador, o senhor precisa se cercar de mais assessores competentes, neste momento o único diplomado é a primeira dama (sic) e ...

O dia da independência é um dia para ser colocado no brado de orgulho dos brasileiros, não para abrir manifestos que podem ser bradados a qualquer hora e a qualquer dia, basta organização e disposição, mas a contar que isso até já virou tradição, como a marcha dos excluídos lá em Brasília.

Um dia desses, aquela mocinha lá da Bahia, a Ivete, veio aqui fazer um show e de quebra causou um desconforto bem grande ao saudar o Governador que se encontrava no camarote em plena crise da saúde no Estado. Uma grande salva de vaias veio à tona, mas o pito, que muitos não gostaram, veio da própria Ivete, que disse ser uma visitante, mas que a população escolhesse melhor seus governantes na próxima vez que votassem. O povo não gostou do pito, mas, enfim é uma verdade soberana.

Não sou partidário de Camilo, mas pessoalmente não preciso gostar do Governador. Também não preciso manifestar um ódio mortal por ele nem por quem o antecedeu ou quem o sucederá. O povo nunca estará satisfeito, afinal, lembro-me de Lula e seus brados "Fora FMI", "Fora FHC" e outros foras em siglas da época. E em tempos seguintes Lula era a sigla fora da vez, nas manifestações esquerdistas extremas.

Mas de todo o caldo desta sopa, sou forçado a concordar com os garotos do programa de rádio: Dinheiro tem, falta gestão. Senti isso quando vi a forma com que o governo do estado escalou seu time de "técnicos", ao estilo sorteio de cartas como se fazia antigamente nos programas de televisão que tinham sorteios. Apenas na sorte a seleção aconteceu e como era de se esperar, o universo das probabilidades e a Lei de Murphy sempre conspiram que o pão do pobre caia com a parte da manteiga virada para baixo e assim se deu.

Assim se tornou o Governo do PSB; isolado, sem rumo e o que é pior. No leme além do comandante, um monte de imediatos que mal sabem lavar o convés.

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