sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Teoria da conspiração Fátimanaroseana

Após uma votação expressiva de 222 deputados, a deputada federal Ana Arraes foi eleita conselheira do TCU. Concorrendo com candidatos de alto coturno no congresso, ela amealhou a vaga deixada pelo conselheiro Ubiratan Aguiar que se aposentou.


O fato em si não é de estranheza se olharmos pela lente das teorias conspiratórias que rondam a internet, desde os tempos em que o homem pisou na lua. Mas vale em si uma reflexão mais aprofundada.


Ana Arraes é mãe do Governador de Pernambuco Eduardo Campos e filha de ninguém menos que Miguel Arraes, o grande cacique do PSB no nordeste, já posto para o andar de cima pelos anjos. Ana é a primeira mulher a ocupar o cargo de conselheira do TCU, mas bem que poderia ter sido outra mulher a ocupa-lo, a amapaense Fátima Pelaes, se não fosse a teoria conspiratória que tento explicar.


Segundo a operação Voucher, amplamente divulgada pela Rede Globo de televisão, da qual o irmão de Ana é diretor (ele mesmo, Guel Arraes, o filho de Miguel Arraes). O noticiário intenso da Rede Globo anunciou que pelo menos quatro depoimentos de investigados na operação Voucher à Polícia Federal afirmam que a deputada Fátima Pelaes recebeu parte dos recursos desviados do esquema fraudulento no Ministério do Turismo.


Ela é a autora da emenda que deu origem aos convênios suspeitos. E de acordo com os relatos, a deputada teria montado um esquema no Amapá para levar recursos públicos para ela própria e para a campanha à sua reeleição no ano passado.


Na verdade, não sou a favor do PMDB, esse partido me dá urticárias desde Jader Barbalho e José Sarney, mas vamos convir que se tem uma coisa que nem o Principado do Maranhão consegue barrar é a locomotiva chamada Rede Globo. Lembram bem de Roseana Sarney em boa colocação para a eleição de 2002 e de repente 30 mil onças assumiram o horário nobre do JN fazendo com que Roseana aparecesse na Veja da mesma semana como a candidata que encolheu.


Com Fatima não foi diferente, uma locomotiva, senão duas, passaram sobre ela e sua candidatura ao TCU. A operação Voucher já cumpriu sua missão, assim como tantas outras. Não defendo se Fatima é culpada de peculato ou não, isso é assunto da justiça e não meu.


Mas a Globo e os Arraes bem que poderiam ser menos óbvios, afinal a luta parece ser por poder e é bem conveniente para o Governador de Pernambuco ter a mãe no TCU. Para Fatima resta apenas a charge estampada na Revista Época, da qual ela era eliminada da candidatura. Para nós Amapá fica mais um ranço da opinião pública.

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