quarta-feira, 26 de outubro de 2011

A volta dos que não votam

Esta semana o índice de audiências públicas no estado tem sido bem diversificado. A participação do publico tem sido bem expressiva, os técnicos supra-capacitados de ambos os lados da moeda também. Mas, resta o porém. Será que a população sabe bem o que está fazendo, ao opinar contra alguns projetos de maneira ferrenha?

Levantando rapidamente sobre as hidrelétricas cuja última audiência acontece hoje na capital. As usinas, ao contrário do que se pensa, são de grande e urgente necessidade para o estado para que ele deixe a dependência econômica para trás, o que a população precisa entender é que o índice de destruição do meio ambiente se concentra mais nas mãos deles do que nas hidrelétricas em si.

A cada garrafa de óleo de soja consumido, a cada salgadinho de milho crocante ou a cada bife ou corte maturado que vai para a churrasqueira. São responsabilidades do cidadão em cima do desmatamento, afinal eles não conseguem ver a devastação que os grandes sojeiros ou pecuaristas que fazem as queimadas para abrir espaço à voracidade do consumidor. Que se julga inocente ao participar disso na gôndola do supermercado.

O mesmo consumidor que entra em uma audiência pública para questionar se o rio vai alagar um ou dois metros da orla de seu município. Ora bolas, sejamos conscientes, a maioria ainda vive os tempos áureos de achar que esta terra ainda é um quintal agregado a Brasília e que deve ser sustentado por lá.

Sejamos unânimes de que os índios também já tem aculturação suficiente para não precisar de grandes extensões de terra, afinal se fosse para viverem do extrativismo, isso seria bom, pois seriam veículos de preservação de seu próprio ecossistema. Mas não ocorre. Munidos de tablets para consultar seus “clientes” americanos de madeira (os mesmos que tentam nos ensinar a como cuidar de nossos índios!), eles mesmos dizimam a floresta que a lei os destina como reserva.

Também não podemos deixar de citar a OEA e a intimação à Dilma comparecer a assembléia para dar explicações sobre a usina de Belo Monte. Certa a presidente, não temos que dar explicações do que nos diz respeito ao nosso crescimento energético, item essencial e estratégico ao país. Obama também não o faz e não é taxado de rebelde.

O supra-sumo de hoje dá-se a estadualização do porto de Santana, algo que já está mais do que na hora de acontecer. O município não tem como gerir nem tem tantos benefícios aproveitáveis para usufruir de algo que pertence ao povo do Amapá e não só aos santanenses. Investimentos de grande porte não são possíveis para o município sucateado que mal tem condições de se auto-sustentar ou de se estruturar, não tem como gerir o portão de saída e de entrada comercial do Amapá.

Cabe ao povo saber que o progresso é grande, tem que vir, o estado tem que acontecer, os prejuízos serão maiores se não acontecer o alavancamento do estado, estagnar em uma realidade comezinha e bucólica é coisa do atraso, do descaso e do egoísmo pessoal de quem quer manter a terra onde vive no paleolítico do desenvolvimento.

Pessoas assim, não tem competência técnica nem social para julgar o que deve ser ou não ao desenvolvimento de todos. Por isso todos os segmentos devem estar presentes nestas audiências, com argumentos sólidos, firmes e convincentes para que o estado cresça e avance e deixemos de ser alvo do noticiário de escândalos e chacotas para enfim alcançarmos o estado de graça e respeito como qualquer um da federação.

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