quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Khadafi, o Ministro do trabalho.


 “Só saio abatido à bala”. Esta declaração ao estilo de Muammar Khadafi, ditador deposto e morto da Líbia, do ministro do trabalho, Carlos Lupi gerou um grande desconforto ao governo, que logo procurou articular sua máquina através da ministra da Casa Civil Gleisi Hoffmann que levou o recado da Presidente ao ministro revolucionário, para que procurasse se retratar pela quebra de hierarquia.
A ministra da Casa Civil falou a Lupi sobre os excessos da declaração, passando até uma imagem negativa de que o futuro do governo dependeria da presença dele e não da decisão de Dilma. Ficou entre as entrelinhas que Lupi estava mandando um recado sobre sua conduta e talvez algum argumento forte que o fizesse pressiona-lo a presidente a mantê-lo no cargo.
Gleisi passou um grande sabão em Lupi e enfim colocou um esparadrapo para o ministro evitar novas declarações polêmicas. Mesmo com muitos perfumes, a ministra colocou em seu discurso o roteiro de que o ministro não está com sua posição ameaçada dentro do governo, mas que cabe única e exclusivamente à Presidente a decisão de que ele fique desempregado ou não.
Com a fisionomia de quem está calçando as sandálias da humildade, Carlos Lupi deu uma declaração de que em nenhum momento tentou desafiar a presidente e não era sua intenção desautorizar a mais alta autoridade. Negou que seja a próxima vítima na faxina ministerial.
O PDT considerou a celeuma exagerada e até lançou uma notinha para minimizar a crise de declarações polêmicas, tentando direcionar auspiciosamente as declarações do ministro para “os acusadores anônimos” que causa estranheza, pois quem são estes denunciantes e o que pleiteiam ainda é um mistério.
Para quem está alheio ao clima da crise ministerial atual, O ministro é alvo de suspeitas lançadas pela revista Veja em que três servidores e ex-servidores do Ministério do Trabalho estavam envolvidos em esquema de propinas para recolher fundos ao PDT, o partido de Lupi.
Resta saber quanto tempo à situação vai se sustentar afinal o gênio de Dilma serve à política do mosquito e a mão, ou seja, incomodou é esmagado sem dó nem manchas. Mesmo Lupi pertencendo a um partido mais forte na base aliada ao governo que o PC do B do ex-minstro dos esportes, Orlando Silva, sabe-se que o governo não tem muita democracia na arte de manter alianças com partidos problemáticos da herança de Lula.
Para Jorge Hage, escritor responsável por bobagens como “Lula, o filho do Brasil” e “Governo Lula e o combate à corrupção”. O governo Lula foi responsável por retirar a tampa do esgoto da corrupção no Brasil e revelar a sujeira existente. Apesar de respeitar o excesso de sedas rasgadas por Hage a Lula, afinal cada um tem direito a escolher nos pés de quem deve orar. Acredito que não só o governo Lula tem parte neste grande bueiro, pois, O atual ainda tem destampado novos esgotos, e esses não são heranças de FHC, Itamar e Collor.
Mas resquícios de uma pista que esclarece que Lula herdou uma rede de esgotos e continuou sua ampliação, e ao que parece, Dilma tem atrasado as obras, talvez por falta de conhecimento da engenharia da corrupção, mas a presença de Lupi no governo deve mostrar que ela aprende rápido, até na arte de dar sequencia as entranhas da corrupção histórica neste país.

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