sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Um bom lugar para recomeçar


O governador do Amapá, Camilo Capiberibe esteve ontem em Brasília para politicamente pedir o apoio do presidente do senado José Sarney. Muitos podem achar isso meio despropositado, mas Ignoto Ignóbil aproveitou para conferir pessoalmente o encontro e quem sabe conseguir dar um alô ao governador.
Camilo foi principalmente tratar de dois objetivos que querendo ou não podem ter agilidade ou total ignorabilidade se dependerem da boa vontade de Sarney, já que são adversários políticos e Sarney tem uma velha rusga com o pai do governador, que pode ser um verniz da ditadura arranhada.
A federalização da CEA foi um dos pedidos do governador ao presidente do senado e soberano do Maranhão. Sarney afirmou que pode interceder na questão, já que o pleito é antigo e sabe-se a longa data que a companhia já não anda bem das finanças, fruto de várias ingerências e Camilo conhece bem as dificuldades, pois herdou a CEA em plena crise com a Eletronorte e a inadimplência deixada pelos governos anteriores.
Com o intento de tornar a União detentora de 85% do capital acionário e do rombo milionário que a companhia acumula, o Amapá ficaria com 15% e assim poderia ter poder de voto para gerir programas assistenciais como o luz para viver melhor, por exemplo. Sendo assim não sobrariam as dividas para o Estado assumir e sim seu majoritário acionista.
O segundo pedido de Camilo foi quanto à gestão das obras da BR 156, sob a custódia do DNIT e paralisadas por vários problemas de gerenciamento, sendo que o órgão tem dificuldades para administrar a fase final e a construção do desvio de 1,5 quilômetros que se faz em Oiapoque com destino a ponte binacional. A serem geridas pelo governo do estado e não mais pelo governo federal.
Quanto ao segundo pedido, Sarney não disse nem que sim nem que não, pois mesmo não concordando com o pedido do governador, pois deixou bem clara sua posição quanto ao grau de confiabilidade no governo de Camilo, mas se comprometeu em não atrapalhar a provável migração da administração das obras para o poder local. Que tem forte aceitação por parte do próprio DNIT.
Ignoto não entendeu muito bem a posição de Sarney quanto as obras da BR 156, mas como já conhece o interesse de Sarney pelo ramo energético, viu que os olhinhos dele brilharam ao se falar de federalização de algo que estava fora do círculo da família.
Mas quanto a gestão das obras, ignoto se perguntou e até foi ler na porta do gabinete do senador, de que partido ele era qual estado o elegeu, até se admirar ao descobrir que tanto o governador quanto o senador são do mesmo estado embora de partidos distintos.
Restou a dúvida a Ignoto: Por que cargas d’agua, algo que beneficie um Estado que elegeu determinado politico não tem apoio do mesmo, já que independente de partidos, colocações e gostos pessoais, o desenvolvimento do Estado e o bem estar de sua população se deve a ações que priorizem os mesmos.
Mas sabendo que Sarney, ao contrário de muitos nordestinos que migraram para o Amapá, não se mudou de mala e cuia para as TerrasTucujús, só veio usando a mesma tática de Assis Chateaubriand em minas na época de Castelo. Se eleger para abrir espaço.
Ignoto vai levando, resolveu dar um voto de confiança ao governador. Vieram sentados lado a lado no voo BSB/MCP, mas ainda não trocaram figurinhas, apenas aproveitaram para tuitar quando pararam em Belém, rumo a terra prometida. Mas por via das dívidas, Ignoto mandou um presente para o Palácio do Setentrião; uma ampulheta para o governador entender que o tempo passa depressa e que as ações demoradas de planejamento para efetuar ações pós-crise tem que ser agilizadas, pois muitas dívidas ainda precisam ser quitadas, mesmo com um superávit nos últimos dez meses.
E aproveitou também e deixou uma garrafa de óleo de peroba ao senador, pois o estoque dele estava já devia estar baixíssimo...

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