quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Breakfast

O palco a ALAP, os cômicos: Desta vez não o CQC, mas ainda as consequências deixadas por um minuto de fama. Se por enquanto Cristina Almeida paga por sua língua demagoga por declarar levianamente que não recebe um dinheiro injusto. Sua batata assa perante seus pares que indignados lutam contra o governo PSB.
Os demais deputados discutem a soberba, coisas comezinhas como mudanças de nomes de escolas e do palácio do governo, mesmo em frente a uma crise econômico desenvolvimentista que assola o Estado que tem cada vez mais sua economia encolhida e estagnada.
Não se vê futuro, nem horizontes a não ser o próprio mundo deste Brasil que o Brasil não conhece. De um lugar que assim como os reinos encantados, talvez não mude nunca e também nunca abras suas portas para novos habitantes que não sejam nordestinos ávidos por empreender um pequeno comércio. Se não for assim. Nada feito.
Quando não se assume lados e se constitui uma relação de submissão onde a politica graça o foco. Nada mais pode ser feito. Se não há quem o recomende, não existe vitae curricular por mais extenso e gabaritado que o salve. Se não for almejante do serviço público, Deus te guie.
Acomodados em um mundinho miúdo e sem horizontes, que passa de pai para filho, que, mormente é a herança deste povo tão sem horizontes de crescer, a não ser por mérito do universo fomentador da politica, onde os pares se rechaçam ao prazer do eleitorado, que os acolhe em carros, com alegorias e adereços com palmas e lagrimas nos olhos crocodilianos ávidos por alguma vantagem.
Nove meses a observar o comportamento desse povo, como uma esperança de algo que nunca vem. Vejo com certo desdém a sua pequenez e seus objetivos tão insignificantes quanto a um futuro próspero.
Terra esta, da pantomima, da patuscada, da fantasia, onde escolas de samba e carros toscos recebem fundos e os doentes de câncer morrem à míngua. Onde a indignação de uns é orgulho de outros. Onde o pior para quem está dentro é motivo de comemoração para quem esta fora.
Assim então deixo esta terra para trás. Sem remorsos ou apiedação por sua gente, que não é de todo má. Mas que escolhe mal e vive um futuro incerto que sofre enormes abalos mesmo quando a interferência parece pequena e nem se dá conta de que nada vai mudar se os olhos enfim não se abrirem para a lucidez.
Como em uma obra de Saramago, a rotina dessa terra beira o fantástico e a indignação. Mas tudo parece tão comum. Ontem mesmo vi uma deputada despejar um copo de café com leite em um jornalista da mídia comum, por se sentir coagida dentro da chamada “casa do povo” onde se tem limites para o povo que não é dono da casa, pois a demagogia é grande e o povo conformista.
Longa vida ao Amapá e sua corte do reino das fadas e duendes. Que os próximos anos sejam melhores, pois os anteriores fazem parecer que a Fortaleza ainda esta em construção e os carros de boi transitam pelas ruas de chão batido...

Um comentário:

  1. Muito bom! Esperamos nós que um dia o Amapá, saia desse marasmo politico em que está enterrado a décadas...

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