terça-feira, 13 de dezembro de 2011

A saga do anel recomeça

Parecia que a trilogia do anel, obra de Tolkien teria terminar no "Retorno do rei". Mas ao que parece, a saga recomeça no Amapá. Pois faltando menos de um ano para o pleito municipal. Começou a luta pela conquista do poder. As alianças começam a ser forjadas.

Não tem quem agüente a politicagem explicita nos meios de comunicação, dos bate bocas, das carreatas, caminhadas, das homenagens veladas sob o manto do poder publico. Briga de cães entre GEA e ALAP. Cada um puxando a sardinha para sua brasa como melhor lhe convém, para que as coisas ganhem corpo nesta terra onde se respira a política partidária.
Sob o olhar atônito de discrepâncias venais, como a paralisia dos serviços de atendimento oncológico. Das super bactérias que se entremeiam entre esclarecimentos mal ajambrados. Da discórdia entre os deputados sob a ótica de iniciar a caça às bruxas com Cristina Almeida. Da inoperância do Estado em tentar fazer tudo parecer bem quando tudo vai mal.
Os anéis começam a buscar os mestres e os mestres, aos dedos que precisam para alojar cada vez mais seu povo no seio do erário em qualquer canto onde seja possível se abastecer mais e mais com a busca incessante na consolidação do poder.
Vejo com certo escárnio estas relações factóides com as quais o embrião de sociedade que é este pequeno estado. Que talvez nunca avance em função da rebelião de seu povo, acomodado em suas espreguiçadeiras, apenas em busca da melhor oferta. E quem se propõe a oferecer o melhor agrado.
Às vezes cansa surta. Leva ao delírio mental ver quanta hipocrisia existe nesse mundinho abobado de Amapá. Terra fértil de muita coisa, mas que volta e meia, entre revolucionários e punguistas, se vê o quanto as coisas se encaminham ao nada.
Isso parece assunto de deprimido, mas realmente essa política comezinha cansa, pede um valium. Leva ao espaço abaixo.
Talvez hoje eu não esteja com garra para apontar o dedo para ninguém e posar como o bastião da moralidade. Quem sabe eu não esteja vendo tudo errado. Afinal a loucura só se mede quando a realidade da maioria é a verdade absoluta. Como sou minoria, então insano sou eu e não o Amapá com suas mazelas intermináveis.
Por isso acho que a missão esta findada. Os anéis já estão todos nos dedos de seus mestres e uma longa jornada rumo ao comodismo e estabilidade de costumes em um lugar onde o tempo parou e estacionou em uma escala onde dificilmente as coisas mudarão sem que a atitude se mostre como mãe de todas as mudanças.
Por ora, vou me conformar com o poder de olhar, sem interferir. Quem sabe assim essas pequenas mazelas por si só não sejam sinal eminente de que de uma forma ou de outra as mudanças venham, senão por amor, quem sabe por dor e pesar.
Por ora vou me conformar em assistir pela vidraça do CPD da ALAP, o paciente técnico jogar mais uma partida de freecell com a ajuda do dinheiro público.

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