"Mulher é bicho esquisito, todo mês sangra..."
Lembro de Rita Lee cantando essa música diariamente, quando Marília Gabriela apresentava o TV Mulher na Rede Globo ao lado de Clodovil Hernandez, pelos idos da década de 80. A mensagem sempre me bate o juízo quando tento escrever sobre a natureza e a essência feminina.
Fico pensando até hoje, por que o mundo foi machista durante tantos anos e ainda o é, embora hoje mais contido em suas posições quanto a presença feminina na sociedade. Hoje temos a graça de ver o quanto a mulher pode ter sua importância e seu merecimento e exercer papéis que com graça e batom, deixam muitos homens na lanterna da nossa sociedade.
A mulher sempre foi relegada ao papel secundário de mãe e Amélia, cantada por Mario Lago em um viés de verdade condizente à época, hoje não mais. Afinal vemos mulheres exercendo papéis que aposentaram a agulha de tricô do enxoval de filhos e netos e fazendo verdadeiras revoluções. É quase impossível hoje não conceber com naturalidade a gestão de Dilma Roussef, da qual não comungo, não por ser mulher mas por não acreditar na falácia petista.
Mas admiro sua força e graça na posição que ocupa. Não deixando de citar a comadre meso conterrânea Angela Merkel no comando da nação que Hitler um dia rechaçou com seus sonhos de grandeza, pureza e opulência, onde não havia lugar para as mulheres, tanto quanto para judeus e ciganos na rotina do III Reich. Ou para Golda Meir e Indira Gandhi.
Hoje vejo mulheres na Petrobras, da presidência às plataformas. Vejo as mãos firmes que carregam no colo os filhos e que ajudam a erguer torres para a construção civil. As vejo em posição de comando com uma beleza que excede o batom e as meias. As vejo portando armas e comandando soldados com a mesma desenvoltura que a natureza as dotou para reger o matriarcado familiar.
Eis as mulheres, tão relegadas por milênios por supostamente serem criação da costela de um homem, mas que de nada deixam a desejar em suas ações e responsabilidades no guiamento dos rumos da nossa tão obsoleta sociedade machista, que agora não mais.
Afinal depois de rainhas, como Vitória e Catarina, presidentes como Dilma e Cristina Kirchner e até primeiras ministras como Merkel e Thatcher. Percebemos enfim que elas nem precisaram dos recursos de toucador, nem dos produtos da cosmética mundial e muito menos dos recursos da medicina estética para fazer o que fizeram de melhor: Mostrar que são tão grandes e por que não dizer? Superiores a nós pobres homens mortais que nascemos delas e muitas das vezes elas nos devolvem ao seio da terra para nosso descanso e juízo.
Bem aventuradas todas, que não só hoje mas sempre provem para nós que Maria Rita não errou quando cantava. "O meu peito não é de silicone... Sou mais macho que muito homem"
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