domingo, 30 de maio de 2010

Uma moeda por seus pensamentos...


Domingo de calmaria. Eu também estou com a guarda em baixa após uma supra-reflexão sobre a vida. Convenhamos que a vida seja um grande balaio de gatos, com todas as raças e variações de matizes que os felinos podem ter. Assim é a vida, nascemos, crescemos, mudamos... Mudamos? Será que realmente faz parte da nossa natureza a arte de mudar? Acredito que o verbo mais indicado é ADAPTAR, mudar realmente nunca mudamos; faz parte de nossa natureza estar em constante adaptação a novos tempos, costumes e fatos, mas a essência do que somos essa realmente não se altera. Nem nos grandes momentos como a conversão, doutrinação ou pela força da ordem nos faz mudar a essência boa ou má que temos dentro de nós.
Queria eu que isso fosse possível, pelo menos assim deixaríamos esse contexto de pseudo-mudanças, para uma vida realmente nova. Acredito que os "Pretenders" como eu, sim, mudem de fato, mas somos pessoas tristes e solitárias, que ao invés de nos adaptarmos a novas regras, simplesmente criamos nossas regras e mudamos de personalidade, estilo e essência para vivê-las.
Peças intercambiáveis sem as quais seria impossível o mundo evoluir, o que nos faria uma sociedade de funcionários públicos, grande em número, mas, poucos em eficiência. Mudando o tempo todo, de vida, de nome, de essência, só para se adaptar ao meio, como bactérias evolutivas e errantes.
Ser assim é ser triste, sem raízes sem fundamentos, sem ética e nem moral. Vidas adaptáveis são vazias sim, mas são mais de seis bilhões vivendo vidas adaptáveis, quase como peças prontas. Às vezes não nos adaptamos nem mudamos. Meu pai, por exemplo, ainda não se adaptou ao maravilhoso mundo da internet, talvez nem se adapte, mas não é culpa dele, talvez seja culpa dos novos tempos. Que chegam a dar medo quando olhamos com mais atenção o que o tempo é capaz de fazer conosco e com os outros. E, ufa!
Acho que já chega desse papo medonho de Freud. É melhor mesmo não quebrarmos a cabeça tentando descobrir o que Rodin tinha na cabeça quando fez Le Penseur. E a pergunta que não quer calar (dentre milhões de perguntas sem resposta: Michael Jackson morreu mesmo?). O que diabos o pensador está realmente pensando naquele raro momento de introspecção em que se encontra depois de um século?
Acho que essa é mais uma das grandes perguntas que nunca vão ser elucidadas, até mesmo porque Auguste Rodin já está no andar de cima há muito tempo e nenhuma carta psicografada chegou até hoje explicando o fato. E para o Le Penseur, eu até tive coragem para perguntar quando o olhei nos olhos ano passado, mas acho que meu francês era moderno demais para ele, por que não obtive resposta, então, fui bater na Porta do Inferno.
Ela abriu!

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