quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Ditado, ditadura e ditador...


"Confiem na lei e ela vos libertará, pois aqueles que não vivem sob a lei, que morram sob a lei."
Vivemos dias de grande labuta da legislação, principalmente os tribunais eleitorais que estão trabalhando a toque de caixa devido a pressão para sentenciar logo os que vão e os que não vão concorrer ao pleito, baseados na lei da ficha limpa.
Mas a verdade não é tão justa assim, esse corre corre não é devido a pressão da opinião pública, pois muitas sentenças, como já era de se esperar, estão sendo favoráveis aos larápios que querem se ocultar sob as benesses de um mandato. A pressão mesmo é por mostrar que tudo está bem e transparente.
Para se ter uma idéia, nossas bases da lei eleitoral, estão em uma leí de 1965, apogeu da ditadura, e criada por quem mais entende de sensurar os direitos adquiridos. Por isso atualmente, não se pode fazer mais nada em campanhas, nem camisetas com a cara do candidato e seu número em monocromático, pode mais.
Showmícios, nem pensar, o que distraia a população em tempos eleitorais com shows de artistas renomados e de graça, não pode. Não pode falar o nome do candidato em meios de comunicação sem citar os outros, para majoritários.
Locutores, apresentadores, e pessoas da mídia nem podem tocar no nome de ninguém. Humoristas não podem rechaçar os pleiteantes. Em suma, nada pode.
No fundo a única coisa que pode é nos obrigar por 45 dias a olhar estas pessoas entrarem em nossos lares em horário nobre em rádio e TV para nos dizerem as mesmas abobrinhas de sempre. Criar ministérios e promessas mais levianas. Por falar nisso se cada problema no Brasil tivesse que ter um ministério, acredito que um dos principais problemas estaria resolvido e um ministério extinto, o do trabalho e emprego, já que com a criação de centenas de ministérios, pois o Brasil tem centenas de problemas, teria emprego para todo mundo.
Ah que saudades da época, mesmo que da ditadura onde na propaganda eleitoral só se permitia a foto e o número do candidato, com uma locução tipo Voz do Brasil.
Por falar em Voz do Brasil, ese instrumento jurássico da ditadura, nós também não somos a voz do Brasil? Será que somos tão idiotizados que a simples menção do nome de um candidato em horário que não o eleitoral mudaria magicamente nossa opção de voto?
Pois é bem isso que nossa lei prega, que somos tão burros, mas tão burros, que nossa intenção de voto é frágil demais e sofre uma mudança tão radical, quanto um fio de seda ao vento das leviandades eleitorais do nosso Brasil.

Boa quinta feira gente, cuidado com o vento.

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