domingo, 29 de agosto de 2010

Exemplos eficientes


O trabalho infantil é condenável e proibido por lei. O Estatuto da Criança e do Adolescente, que está completando vinte anos, veda até o aprendizado em condições insalubres e perigosas. Mas será que isso significa que as crianças não devem fazer nada? Até que ponto um menino pode ajudar a família nos serviços domésticos? Em Minas, um pai que educa os filhos transmitindo um ofício, orientando as tarefas.
Existem coisas que são mostradas para nós e que às vezes passam despercebidas e as vezes marcam. Hoje pela manhã, assisti ao Globo Rural pela Globo News como de costume, embora eu não seja do meio a que se destina esse programa, sempre assisto com atenção as curiosidades apresentadas e as noticias do mercado de agronegócios no Brasil.
Mas uma reportagem em particular me toucou fundo. Atualmente temos visto uma degradação dos valores da família e da criação dos filhos, a cultura dos pais ausentes gera filhos problemáticos, ou em alguns casos a exploração do trabalho infantil está na outra ponta desta tênue linha da criação dos filhos.
Em particular a reportagem sobre os meninos carreirinhos de Urucúia - MG me deixou muito feliz em ver que uma família atípica formada de Pai que ficou viúvo com filho de colo, madrasta que assumiu os filhos do companheiro e a vida simples, mas produtiva que vivem na roça.
Cedo os meninos recolhem lenha para casa dos pais e para a casa da avó a quem chamam carinhosamente de "mainha", e conciliar as atividades do lar. Mãozinhas firmes debulhando milho para servir o galinheiro. Mãozinhas nos tetos aprendendo a ordenhar a vaquinha. Vi a farra no curral, menino fazendo de conta que é peão. Compenetrado, sentadinho no banco, no be-a-bá da religião com a escola que fica à uma hora de ônibus da casa deles, assim como as brincadeiras comuns do interior, de se banhar na vereda, andar de cavalo e ajudar o pai a tocar o gado.
Imagens como essas, marcar a vida da gente e nossos pensamentos urbanos decadentes nos quais tentamos sob decreto, tentar ensinar os filhos, de onde a omissão de um estado moderno nos faz cada vez mais nos distanciarmos da família como ela foi concebida, parta ser uma instituição sólida da qual derivamos para uma vida social plena e farta.
O que mais me emocionou foi quando o repórter ao se despedir dos meninos, foi saudado com um "bença", e ele quase sem ação replicou: "Deus te abençoe" fechando com chave de ouro a mostra de um exemplo da maneira simples mas eficiente na arte de ter uma família.

Deus abençoe a todos neste domingo e em todos os outros.

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