quinta-feira, 5 de maio de 2011

Escolhas difíceis

Esta semana eu tenho vivido o que sempre esperei, novas experiências que me aguardavam a longa data tem se concretizado. Mas cada vez mais me torno consciente de que o meu mundinho particular é perfeito demais para se comparar ao mundo real.

O jeito com que vejo e percebo o mundo é de uma forma bem diáfana e com todos os pormenores de um mundo melhor. Não que eu seja perfeito e esteja em busca de um mundo perfeito, isso é utopia pura, mas gostaria pelo menos de encontrar pessoas que tivessem a mente aberta para as coisas que o mundo pode proporcionar, sem litígios ou interesses escondidos num mar de tranqüilidade.

Hoje vejo que não sou mais o centro do universo como pensava antes, descubro-me a cada dia um sujeito normal que andou em nuvens por décadas e um belo dia estes cúmulos se desfizeram e chuva me fazendo cair no mundo real.

A busca incessante de paz tem se tornado uma inquietação constante desde então, não sei por onde começar, afinal minha vida esta virada de ponta a cabeça, não sei se tenho uma vida, sou um hóspede constante do alheio, visita em hotéis, e comedor assíduo da comida não caseira. Vejo-me embrulhado em mantas que não são minhas, com um cachorro alugando espaço na casa dos outros, com uma vida tão fragmentada que nem sei por onde começar a colar os pedaços.

Sem teto, sem chão, sem paz, sem sossego. Com um amor em uma ponta, um cão em outra, com um trabalho em cada canto em uma vida inquieta sem sossego sem paz. Condenado ao ufanismo de ser cigano, ser eterno e ser ao mesmo tempo alguém que se divide entre o céu e o inferno, para agradar a gregos, persas e troianos.

Cansado, desacolhido, com frio, só. Vejo-me encontrando a paz se sacrificar alguma coisa em prol da outra. Ou sacrifico uma carreira promissora em função do cão e do amor, ou sacrifico o cão em função do profissional e do amor pela metade ou simplesmente faço o que nunca terei coragem de fazer e em detrimento a isso sacrifico a minha própria vida para não ter que sacrificar o amor, nem o cão e nem o erário.

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