segunda-feira, 2 de maio de 2011

Rot in Hell

Os dias tem sido de lembranças de tempos passados e dos atos de tempos atrás. Lembro-me bem que dormia após uma viagem estressante entre Atlanta para Belém. Deitado rolando de um lado para o outro da cama, tentando dormir, mas sem conseguir fazer isso a luz do sol; liguei a TV e acabei vendo um filme que mostrava as torres WTC ardendo em chamas.

Após alguns bocejos e um comentário cinéfilo de que as imagens eram muito mal filmadas, me dei conta que o canal não era o Sony e sim a CNN, e que o filme na verdade era uma transmissão ao vivo do maior ataque terrorista de que se tem notícia.

Boquiaberto com as cenas, de pijamas do "coragem o cão covarde" acabei me dando conta e ao ligar meu celular, vi a chuva de mensagens (onde antes não havia twiter) me dizendo da desgraça acontecendo em Nova York.

Após dezenas de noticiários e manchetes, me lembro da reação de Bush, e da cara de perplexidade retratada com maestria no documentário de Moore, mostrando não só a perplexidade deste batista presidente caipira, mas de todo o mundo, que como por encanto aderiu a coqueluche da paranóia e do pânico, oriundo desde aeroportos até a vida doméstica de cada um com a crise do antrax algum tempo depois.

Até hoje ainda pagamos o preço alto desta intifada comandada por Osama Bin Laden, que me fez por exemplo, ir a Brasília me entrevistar com um cônsul para poder pisar em terras americanas. Realmente acho que o meu foi o menor dos desconfortos causados pela ação da BASE, afinal após tantas idas e vindas, passei a acreditar mais nas promessas de campanha de Obama do que de qualquer político Brasileiro.

Enfim, a mesma ironia se repete. Já estava dormindo quando o plantão da Globo entrou e vi perplexos repórteres darem a notícia de que Obama iria entrar a qualquer momento ao vivo em rede para anunciar a morte de Bin Laden.

Aconteceu, e como de uma forma bem rápida e respeitando os costumes do povo ao qual pertencia o finado. Rituais mulçumanos de funeral foram respeitados e enfim Osama lançado ao Mar da Arábia, para não ser enterrado e criar uma nova Meca para os fanáticos que não distinguem Deus (ou Alá) de meros mortais pecadores.

Não sou vingativo, mas uma ponta de sorriso me veio ao canto da boca, ao ver a manchete de um jornal americano de hoje, onde ao lado da foto de Osama lia-se: Arda no inferno!

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