quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Enfim a barriga!

Barriga é um sinônimo bem estruturado para situações em que a rotina se avizinha e indicia que as coisas tomam um ar de "vai ser sempre assim".

Que autor de novela não teme a famosa fase da barriga, em que a novela chega a um estágio em que a mesmice e a encheção de linguiça, fazem com que a audiência caia durante esta fase que antecede a conclusão do folhetim.

A barriga também chega aos homens e mulheres e não vem só encaminhada pelos chopes a mais ou muita cerveja não queimada caloricamente. Os tira-gostos eufóricos, as linguicinhas e petiscadas, as frituras mareadas de saturação explícita e uma arteriosclerose ou os candidatando parrudinhos a um stent futuro nas coronarianas e imputes safenares.

A barriga também cresce na gravidez, traz consigo a esperança de uma nova vida mas contém efeitos colaterais que só uma mulher pode descrever. Ao parir e pairar ao mundo um pequeno humanóide meio enrugado mas por fim também com a protuberância saliente ao pé do abdome.

Serpentes também assumem sua grande pança ao engolir suas capivaras e jacarés ou meramente um roedor menor; depende muito da serpente e da boca, que lhe trará assim uma barriga proporcional a boca voraz do engolidor.

Enfim chegamos a tão mal falada barriga, que embarriga muitos e desfaz-se a poucos, afinal o mundo sem barriga não existe; se ela é benéfica de alguma forma, não posso afirmar, já a tive já a perdi, já tenho saudades dela. Fisicamente acho que podemos encaixá-la na anatomia humana como cabeça, tronco, barriga e membros, nem sei se ela se encaixa como adeno do abdome ou se já é um membro independente.

Mas a barriga que mais deve incomodar a todos deve ser não a protuberante aquisição abdominal, particularmente até acho alguma bonitas e sexys, afinal elas personificam algumas pessoas e as fazem características; imaginem o Jô Soares sem a barriga? Ou como o Fausto Silva ficou com uma cara de doente terminal após perder sua terminação adiposa. Ou até os anjinhos barrocos dos diversos altares, sem a roliça porção que os deixa menos severos na sua divindade.

Barrigas a parte, uma relação entre duas pessoas é um exemplo em que a barriga nunca deve se criar. Com ela vem o sinônimo de uma rotina que enfim é a gazua do relacionamento sepulto. Nunca a queira, seja sempre calórico e sarado em uma relação a dois, ainda mais quando dividirem o mesmo teto. Aí as chances de a pança crescer são enormes.

Acompanhe a linha do dia entre você e seu cônjuge, se ela começar com algo que se repete diariamente como o por do sol e terminar religiosamente com um beijinho de boa noite com cara de sessão da tarde antecedido por vale a pena ver de novo. Tenha calma! Você padece de uma grande protuberância, daquelas que se assemelham a do Dino da Família Dinossauros.

Mas calma, com toda a barriga, mesmo as que são partes integrantes das pessoas, tem chance de sumir. Dá trabalho, queima-se muita energia, esforça-se muito, passa-se aperto e fome, fica-se com os músculos doloridos e a vontade de desistir é grande. Mas o esforço vale à pena.

Mas como nem todo mundo tem uma grande força de vontade, acabam sendo vencidos pela barriga e sendo dominados e enfim silenciados por ela. Mas diferente da barriga física que requer um grande esforço ou até sacrifício de dor (se você optar por uma bariátrica) a barriga relacional não tem seu plano "B": Faça o que não se pode fazer com sua barriga física, se caiu na rotina, malhe, malhe, malhe. Mas da emocional, não desista esta não se pode trocar...

*** Contribuição - Troppo

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