quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Sub lege progrediamur

No tripé do desenvolvimento econômico; o setor primário, transporte e Indústria de agregação de valores aos comódities são a base de todo progresso. Afinal sem a contribuição do setor primário de desenvolvimento, que gera emprego e renda, como a agricultura, não só a familiar e de subsistência, que esta, mesmo sob incipientes pernas bambas já existe. Mas a agricultura profissional, a que realmente consegue fomentar o desenvolvimento e o giro de capital onde quer que se instale.
Os transportes, e não só o transporte público, mas o transporte aéreo, portuário, ferroviário e rodoviário criam o ambiente propicio para o crescimento, para o escoamento da produção e para o desenvolvimento estratégico geográfico. E não menos importante, a indústria de transformação, a fim de agregar valor aos itens produzidos nesta etapa primária de desenvolvimento.
Ora, não vejo por que bater nesta tecla já desgastada da rota do desenvolvimento, afinal todo politico, empresário ou cidadão amapaense com alguma noção de sociedade econômica bem sucedida sabe que o governo tem pelo menos aparentado estar no caminho certo para este desenvolvimento. De uma visão ainda nublada, parece que Camilo tem um plano. Mesmo que ainda amorfo externamente, parece que desenterrar a rota do desenvolvimento, idealizada na ALAP já algum tempo, mas nunca colocada em pratica, apesar da viabilidade e necessidade do Estado.
Ainda é temerário que um Estado desse tamanho ainda seja pobre, mas a cultura de economia de contra-cheque público, os brios ecológicos da conservação da biodiversidade e um compadrio de grupos fechados ao mundo para que seus pequenos nichos não sejam perturbados, ainda são um grande empecilho para o tão sonhado crescimento. Exemplos da região norte, não faltam, mesmo que a geografia não colabore com outros estados como Amazonas e Rondônia o crescimento e desenvolvimento por lá já passou há muito.
Essa celeuma que se faz muito em cima das propostas de crescimento que virão, que embora polêmicas, ainda fará com que se levante as bandeiras de que o Porto de Santana não deve ser tocado pelas mãos das PPP´s, ou que o cerrado alienígena a vegetação amazônica, deve ser preservado em detrimento a agricultura, ou o que é pior: Que tudo fique preso a discursos demagógicos e retóricas vazias, com apenas uma intenção; “Farinha pouca, meu pirão primeiro”.
Camilo ainda deve enfrentar um grande desafio, o do fogo amigo, Mesmo porque uma das grandes mazelas da governabilidade são as alianças com os adversários para coligar o poder. Mesmo com a forma peculiar do PSB Amapá de governar exige uma grande centralização do poder. As alianças geram aliados preocupados mais em tirar apoio aos próprios desejos do que pelo apoio em si a administração.
As portas aos técnicos competentes para planejar o futuro, ainda estão fechadas, pois a maioria deles não é amapaense e, por conseguinte não fazem parte de nenhum grupo partidário. Logo, os pseudo-técnicos que fazem parte do governo, tem que praticar a politica do autodidatismo, aprendendo na marra e com pouca ou nenhuma expertise a ensaiar a caminhada do desenvolvimento, como uma criança que começa a dar os primeiros passos, mas com um atraso de desenvolvimento de anos, deixando-se como a sombra do progresso que inibirá esta terra de suas virtudes e seu lugar expressivo no PIB brasileiro como uma grande e sufocante redoma de vidro.


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